A arrecadação do Ceará na Série B do Campeonato Brasileiro teve seu primeiro borderô negativo. Na sexta-feira passada, no empate por 1 a 1 diante do Luverdense, no Castelão, o clube precisou completar a renda em R$ 10.986,38. O público (incluindo os que entraram com ingressos de cortesia) no confronto que terminou com demissão do técnico Givanildo Oliveira foi de 3457 pagantes.

Também no Castelão, na derrota diante do Santa Cruz, para um público de 8839 pagantes (com desconto de 50% no preço dos bilhetes), o lucro do Alvinegro na partida foi de R$ 24.964,65. Contra o Boa, no Presidente Vargas, menos ainda: R$ 4.794,12 para um público de 5272 torcedores pagantes.

O único jogo como mandante nesta Série B que gerou um bom dinheiro livre para o Ceará foi contra o Londrina. Na ocasião, aniversário do clube e com grande promoção (maioria dos bilhetes custaram 5 e 10 reais), 40280 torcedores pagaram proporcionando um lucro líquido de R$ 232.621,64.

Sempre que essas comparações são feitas surge a indagação: por qual motivo não fazer sempre promoção de ingressos, levar mais gente e ter mais lucro?

A estratégia duradoura não é possível de ser implementada e por um motivo óbvio. Se baixar o valor do ingresso em todo jogo, o programa Torcedor Oficial é enfraquecido e não há mais vantagem econômica evidente para quem paga por mês ou por ano. Com o programa de sócio, apenas em 2016, o Alvinegro faturou mais de R$ 3 milhões.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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