A chegada de Marcelo Chamusca mudou bastante a forma do Ceará jogar. Com poucas alterações no elenco em relação ao trabalho de Givanildo Oliveira, o time tem aproveitamento de 63% dos pontos disputados nos 10 jogos com o novo treinador – a estreia foi contra o Oeste, vitória por 3 a 0 – porque parou de cruzar bolas aleatoriamente e resolveu colocar a pelota no chão.

A mudança, entretanto, não foi imediata. O elenco, mal treinado por Givanildo, demorou alguns jogos para entender o estilo de Chamusca. O Ceará ainda sustenta a vice-liderança em número de cruzamentos errados na Série B, com 402, mas a diminuição é evidente.

Sem Chamusca, em nove jogos, o Ceará cruzou 279 vezes, média de 31 por partida. Com Chamusca, em 10 partidas, foram 213 cruzamentos. É um número ainda alto, mas que já tem uma redução bastante significativa de 21 por jogo. Nas três vitórias seguidas e recentes do Alvinegro, o número é ainda mais animador: foram 32 cruzamentos no total diante de Paysandu, Criciúma e ABC, média de pouco mais de 10.

Levantar bolas na área não é um problema em si, especialmente quando se vai até a linha de fundo ou se acha um atacante em boas condições. É, inclusive, uma boa arma ofensiva. A situação é grave, caso do Ceará na primeira metade do turno, quando o time não sabe o que fazer e, desesperado e sem alternativa e serenidade, passa a jogar a bola para a área adversária de qualquer jeito. Era o que ocorria.

Com 31 pontos, o Ceará está na quarta colocação da Série B.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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