A impressão nítida é seguinte: Fortaleza e Ceará, independente de qualquer situação, precisam ganhar 100% dos jogos e dar espetáculo em todas as partidas do começo de temporada. A pressão desmedida vem de torcedores, imprensa e dos próprios clubes.
Não importa que o Fortaleza tenha mudado a comissão técnica e montado um elenco novo em relação ao ano passado. Nesta primeira fase do estadual, a missão objetiva do Fortaleza, além de trabalhar muito e mostrar evolução, é estar entre os seis que se classificam para a segunda fase, nada além disso. E vai acontecer.
Não importa que o Ceará tenha um calendário absurdo no começo de temporada – apenas nesta semana serão três partidas – e que seja necessário mesclar o elenco para não arrebentar fisicamente os atletas. As missões por lá são divididas. No estadual, a equipe só precisa estar entre os seis também. Atualmente é o sétimo por pontos ganhos, mas certamente estará na segunda fase. Na Copa do Nordeste, a equipe fez uma boa estreia ao vencer o Salgueiro e recebe o CSA nesta terça-feira, no Castelão. Tudo normal. O confronto mais importante deste início de temporada ainda não ocorreu – mais do que o Clássico-Rei do próximo dia 4 de fevereiro – é o da Copa do Brasil, contra o Brusque, dia 7 de fevereiro, em Santa Catarina.
É preciso que os elencos de Ceará e Fortaleza tenham tranquilidade para trabalhar. Cabe exclusivamente aos dirigentes dos clubes – em conjunto com atletas e comissões – evitarem a pressão exagerada, sem paranoia ou cobranças sem noção.
Claro que não defendo a ausência de senso crítico, pelo contrário. Há pontos que preocupam, mas os clubes precisam estar em avaliação perene, com profissionalismo e responsabilidade. É nítido que o entrosamento, nos dois casos, é uma construção que leva algum tempo, mesmo para o Ceará, que manteve parte do elenco do ano passado.
Com poucos jogos realizados, uma pré-temporada mínima, falta de entrosamento, treinos e preparo físico longe do ideal, nenhuma conclusão será tomada de maneira justa.
Em relação ao Ceará, o que causa tamanha reação negativa por parte da torcida é a perspectiva de que os maus resultados surgem principalmente pela falta de qualidade técnica dos novos contratados, com o agravante que esse ano teremos uma Série A pela frente (embora até lá o elenco deva sofrer profundas modificações). Não há atenuantes para tamanha fragilidade defensiva, erros bobos de passes e finalizações e falta de criatividade no meio-campo.
Evolução é justamente o que não vem ocorrendo, e para perceber isso basta ver que tomamos gols com as mesmas características em sequência contra Guarani, Iguatu, Floresta e Ferroviário (bola alçada na área seguida de falha generalizada do sistema defensivo).
A evidente falta de preparo físico e entrosamento ajudam a explicar, mas não englobam uma série de problemas que são de ordem técnica e tática. Talvez seja preciso alguma eliminação dolorosa para que alguns entendam a gravidade da situação.
Concordo plenamente, sem falar que apesar do Ceará não jogar bem contra Iguatu e Floresta o mesmo jogou bem contra o Ferroviário, porém o resultado não veio, assim como o jogo do Fortaleza contra o Horizonte é importante para diretoria não analisar somente os resultados, mas sim o desempenho, já para o torcedor é difícil pedir isso, pois o torcedor sempre quer ver seu time ganhando independentemente do desempenho no jogo.
Confesso que eu estava caindo no meio das reclamações generalizadas em início de temporada com relação ao alvinegro, Graziani, mas ainda bem que há profissionais da sua qualidade na imprensa cearense, que fazem um raciocínio mais amplo e saudável, ajudando os torcedores a ter mais cautela quanto às queixas além da conta. É fato que o Ceará hoje não tem um time confiável, principalmente no setor defensivo (que é o mais importante, inicialmente, para qualquer equipe conseguir se ajustar), mas, como as peças são praticamente as mesmas do ano passado, pelo menos a base, provavelmente logo acontecerá o encaixe.
Graziani sempre com sábias palavras. Nada a acrescentar. Você tá coberto de razão.
Pro torcedor do Ceará,2016 ainda está fresco na memória…De tanto acharem que não haviam riscos e a classificação era tida como certa,que a tragédia aconteceu.
Que a disparidade técnica do alvinegro é superior em relação aos demais clubes do camp cearense,disso não duvidamos.Mas em campo isso não vem se traduzindo em melhor futebol…
Não custa lembrar que a primeira fase o tiro é curto,curtíssimo…Essa semana vamos mais uma vez
entrar com time reserva contra o Uniclinic. Se não vencer a coisa vai ficar feia,pois domingo tem clássico…Clássico com tabu recente contra o alvinegro e onde tudo pode acontecer…
A torcida alvinegra deve ,sim,cobrar.Onde for possível.Mas claro,tudo no âmbito da paz e sem agressões à atletas e ao patrimônio do clube.
Somente a torcida pra cobrar empenho de um time que custa R$ 1,4 milhão por mês,pois no que depender do presidente fraco e sem pulso, o time se desclassifica em tudo e ele não toma nenhuma atitude…
Fugindo ao assunto: gostaria de saber se mais algúem está com problema ao acessar o blog pelo celular.Simplesmente os comentários referentes ao texto atual não estão aparecendo…Nessa nova atualização gráfica,a aba publicar comentário está quase invisível,bem como a fonte do texto,que está muito clara ,não propiciado uma leitura agradável,como antes…
Valeu, Leandro.
Vou mandar seu comentário ao pessoal da área técnica.
Obrigado
FG
Infelizmente não dá pra esperar esse tipo de clarividência do torcedor médio brasileiro. Há uma espécie de esquizofrenia generalizada: se o time ganha, é o melhor do mundo, se perde, ninguém presta e todos merecem ser mandados embora. Não importa que sejam apenas os primeiros jogos da temporada e menos ainda a pouca importância dos estaduais.
No que trata do Fortaleza EC, a derrota da última rodada pode servir de dose de cautela para os mais eufóricos: o time tricolor venceu 3 times inofensivos nas primeiras rodadas do Estadual e já foi suficiente para os mais exaltados pedirem uma goleada no clássico-rei. Os mais imbecis já falavam em acesso à série A, mesmo estando a série B ainda longe de seu inicio.
Um dos mais famosos contos da antiguidade clássica diz que o grande imperador Romano Marcos Aurélio, ao retornar de alguma conquista no estrangeiro e receber a saudação de seus servos entusiasmados, tinha sempre ao seu lado um escravo cuja única incumbência era dizer em seu ouvido: “tu és apenas um homem”.
Espero que essa derrota para o Horizonte tenha um efeito semelhante: que lembre aos torcedores, jogadores e imprensa mais entusiasmados que Rogério Ceni é apenas um neófito como técnico e que o time do Fortaleza EC é apenas um time que nada conquistou até agora.
Esse clima de euforia e oba-oba antecipado que toma conta de certos seguimentos com muita facilidade é extremamente prejudicial ao time.
Vamos com calma e muito trabalho !
Saudações Tricolores !
Pode até não “fazer sentido” meu caro GRAZIANE, mas você sabe que futebol, foi, é, e sempre vai ser de cobranças, seja pelo torcedor, seja pela imprensa, seja por diretoria de clubes. A gente tá careca de saber que RESULTADOS é o que importa. Sem resultados não tem quem aguente(torcedor… e blá blá blá). Que o diga treinadores que são os primeiros a “popacarem”; torcedor que se afastam dos estádios sem “tutibiar”; e diretorias que ficam a choramingar pedindo a volta do torcedor nas arquibancadas.
E quando o treinador resolve fazer o que CENI fez num jogo valendo, ai é um Deus nos acuda.
Quando daquele jogo amistoso em Brasilia contra o Gama, no intervalo CENI trocou os 11 jogadores de uma lapada. Daquele jogo até FALEI o seguinte:
“João Ximenes – 29 de Janeiro de 2018 às 12:27 – CARA(s)… esses treinadores “crânios” de futebol, já deveriam ter aprendido, que mudanças pontuais em determinas posições durante o desenrolar de uma partida seria bem mais proveitoso, pois assim, iriam tentando consertar possíveis falhas individuais e coletivas. Mudar ONZE de uma “lapada” é o mesmo que CAG.. e limpar com canjica.”
Claro não foi a mesma situação no jogo citado, mas MEXEU em 7 posições. É muita coisa.
Por outro lado esses jogadores que entraram devem ter tirado suas dúvidas quanto a possível pergunta que se fazem todo dia quando se olham no espelho: “PORQUE QUE SOU BANCO ?”
RESPONDERAM-SE por conta própria.
Que dois gols AMADOR levamos, e que gol cagado o nosso.
ACHO que CENI achava que Horizonte seria presa fácil, pelo campeonato que vinha fazendo, e pelo o que seu treinador já teria dito: “NOSSA INTENÇÃO NA COMPETIÇÃO ESTE ANO É PERMANECER NA PRIMEIRA DIVISÃO”
LEÃO DE AÇO mostrou a sua outra cara num jogo valendo – já havia mostrado em Brasilia – só que com duas peças extras, e que são nossa grande esperança para o meio campo: Alan Mineiro e Germán Pacheco.
Foi ruin sim o resultado, mas ACHO que serviu pra alguma coisa, tipo: ALAN MINEIRO no IGOR que entrou em todos os jogos e ficou na mesma; BRUNO, TINGA, PABLO e principalmente GUSTAVO são indispensáveis nesse time em formação.
Esticar a conversa sobre esse jogo de derrota pro Horizonte é ESTRESSAR-SE a tôa.
Que o CENI tire proveito do que viu e faça os devidos ajustes.
E parabéns ao Horizonte por mais uma vez ter comprovado: “LEÃO DE AÇO AQUI NÃO”.
Ô 2 gols véi AMADOR.
Concordo. É muito cedo para se exigir uma boa performance dos times, mesmo que em alguns jogos erros primários estejam sendo cometidos (e por jogadores que não deveriam apresentar tais erros). Os primeiros jogos de um estadual é o tempo normalmente usado pra acerto do time (isso sem falar que no caso particular do Ceará o time está enfrentando um calendário absolutamente insano).
Concordo. Ceará e Fortaleza precisam de tranquilidade
ST