Foto: Fabio Lima/O POVO

Há vitórias que escancaram defeitos graves de um time e há derrotas que mostram virtudes relevantes. A segunda opção ocorreu com o Ceará, no insucesso diante do Grêmio, por 3 a 2, na manhã de domingo.

O primeiro ponto que merece destaque é a valentia dos jogadores. Há, de forma evidente, uma entrega completa na missão de manter o clube na Série A e os torcedores sabem reconhecer.

O time de Lisca teve uma boa postura tática diante de um dos melhores elencos do Brasil e que atuava como mandante com quase 40 mil torcedores na Arena. Ficou na frente do placar duas vezes, mas não conseguiu somar um ou três pontos muito mais por mérito do adversário do que por demérito próprio, em que pese o gol de Thonny Anderson (o do empate por 2 a 2) ter saído de uma falha defensiva coletiva grave.

Individualmente nenhum jogador do Ceará esteve mal. Foi uma atuação corajosa e organizada, sem desespero e cometendo apenas nove faltas, criando grandes dificuldades ao Grêmio – basta lembrar que quando estava em vantagem por 2 a 1, ainda no primeiro tempo, o Alvinegro acertou uma bola na trave.

Claro que os números mostram superioridade tricolor. Teve mais a bola, algo natural. Foram oito finalizações certas contra quatro do Ceará. Tentativas de gol, o Grêmio teve 20 – e não por acaso novamente Everson brilhou. Mas, no geral, pelas perspectivas e objetivos de cada um, formação de elenco e folha de pagamento, um atuação que dá confiança ao Alvinegro nos 12 jogos que restam.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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