A Taxa de Desocupação do Ceará saltou em dois anos (primeiro trimestre de 2015 ao primeiro trimestre de 2017) de 7,9% para 14,3%,
( Foto: Camila de Almeida- O POVO)

Fortaleza –  O PIB do Ceará cresceu 1,87% no primeiro trimestre, ante o primeiro tri do ano passado. Foi o primeiro trimestre positivo nessa comparação desde o quarto trimestre de 2014. Em termos setoriais, a Agropecuária teve expansão de 10,59%, a Indústria cresceu 1,81% e o setor de Serviços cresceu 1,78%. Os dados compõem o Ipece Conjuntura – Boletim da Conjuntura Econômica Cearense, divulgado agora há pouco.

O desempenho do setor agropecuário revela que o ano de 2017 começou com boas previsões de chuvas, gerando expectativa de crescimento. Conforme dados da Funceme (o órgão de meteorologia do Estado), o primeiro trimestre de 2017 apresentou uma quantidade de chuva em torno da média normal do Ceará. Não obstante o volume de chuvas ocorrido no Ceará tenha ficado acima da média, a quantidade de água não foi suficiente para os reservatórios cearenses adquirirem grandes aportes de água.

Nas estimativas realizadas pela LSPA/IBGE para a produção de grãos do Ceará os resultados indicam crescimento de produção no ano de 2017, comparada a produção obtida em 2016. Aumentou a produção de milho(141.67%) e feijão(83,30%). A produção de arroz indica crescimento de 183,43%, comparada à quantidade em 2016.

A produção de frutas, por sua vez, também indica em 2017 bons resultados em quase todas as culturas. Melão (21,72%) e  melancia (26,86%). Na produção animal, os ovos seguem ritmo de crescimento elevado, este ano com estimativa de aumento de 5,62%. A produção de leite, por sua vez, indica crescimento de 1,17%, ante 2016. Novas técnicas de produção  explicam. O Ceará, atualmente, é o terceiro maior produtor de leite do Nordeste.

INDÚSTRIA

No segmento industrial,  2017 começa como terminou 2016, com a indústria repetindo trimestre ruim. Há ambiguidade nos dados. Há  taxas negativas, mas cada vez menores. Ademais  algumas atividades já têm expansão.  Na lista de fatores a favorecer uma retomada gradual da confiança estão o posicionamento do câmbio em patamares mais favoráveis, a redução da inflação e da taxa de juros.  O Ipece aponta  melhora do ambiente econômico e político em nível nacional. Este último aspecto, naturalmente, em pleno esfarelamento.

SERVIÇOS

No setor de serviços, dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE no primeiro trimestre do ano de 2017 indicam retração de -0,2% da atividade comparado ao mesmo período de 2016.  A queda na produção do setor neste primeiro trimestre do ano de 2017 foi resultante de apenas um grupo, dos cinco que acompanham o comportamento conjuntural do setor de serviços na pesquisa. Entre janeiro a março, apenas Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares registraram queda de -6,9% em relação aos meses iniciais de 2016.

Neste mesmo primeiro trimestre de 2017 o varejo comum cearense registrou uma queda (-7,0%), mais que duas vezes o registrado pelo varejo nacional (-3,0%), considerando o mesmo período do ano anterior.

No  Ceará, a maior perda de postos de trabalho também foi observada no primeiro trimestre do ano de 2016 (-17.162 vagas), onde a intensidade dos efeitos recessivos da depressão econômica foram mais expressivos. De fato, no primeiro trimestre de 2017 observa-se uma menor destruição de vagas: 11.495 postos. A maior perda de postos de trabalho ocorreu no Comércio (-5.449 vagas) e Serviços (-1.903 vagas).

FINANÇAS PÚBLICAS

Quanto às Finanças Públicas estaduais, as Receitas Correntes do Ceará caíram 0,5% no primeiro trimestre de 2017, ante período idêntico no ano passado.  Mas as duas principais fontes de recursos  – Receitas Tributárias e Transferências Correntes – tiveram  crescimento respectivo de 0,3% e 5,3%. Já as  Receitas de Capital caíram 65,2%, entre os dois períodos em análise.

As despesas correntes cresceram 2,2%, quando comparadas ao primeiro trimestre de 2017 com o de 2016. O motivo alegado foi o aumento dos Outros Gastos Correntes, de 7,9%. As Despesas de Capital decresceram nos dois períodos em análise, de 6,7%, apesar do aumento de 11,3% nos Investimentos estaduais.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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