Fortaleza – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agro (IPA), com 40 entidades do setor, alertam em nota para o risco sanitário causado pela morte de animais (cargas vivas), leite descartado em rios e esgotos das cidades, entre outros danos que possam ser causados ao meio ambiente e à saúde pública.
Informaram ter apoiado as reivindicações e participado das negociações com representantes de caminhoneiros (autônomos e empresários), atendidas pela edição das Medidas Provisórias 831, 832 e 833/2018, publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial da União, de ontem (27).
Veja a íntegra da nota
Nota Oficial: Greve dos Caminhoneiros
1. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agro (IPA), que reúne 40 entidades do setor produtivo nacional, informam que apoiaram as reinvindicações e participaram das negociações com representantes de caminhoneiros (autônomos e empresários), atendidas pela edição das Medidas Provisórias 831, 832 e 833/2018, publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial da União, de 27 de maio deste ano;
2. Informamos que a extensão da greve prejudica fortemente o setor produtivo, que já acumula graves prejuízos, especialmente, para os produtores de leite, ovos, hortifrúti, carnes (suínos, frango, bovinos) e demais produtos perecíveis;
3. Desta forma, a FPA e o IPA conclamam para que a normalidade seja reestabelecida imediatamente sob pena de entrarmos em preocupante crise no setor produtivo nacional. É preciso responsabilidade para entender que a restauração do ciclo de toda a cadeia produtiva tem um prazo para acontecer e, se não tomarmos uma ação imediata, teremos danos irreparáveis, principalmente, para o abastecimento de produtos de primeira necessidade da população brasileira;
4. Alertamos ainda para o risco sanitário causado pela morte de animais (cargas vivas), leite descartado em rios e esgotos das cidades, entre outros danos que possam ser causados ao meio ambiente e à saúde pública;
5. A FPA envidará todos os esforços necessários para votar com urgência, no Congresso Nacional, as medidas acordadas e publicadas pelo governo federal, já em vigência;
6. Lembramos que a FPA, o IPA e a classe dos caminhoneiros são setores com interdependência e precisam continuar seguindo juntos a fim de destravar nossa economia e fortalecer nossa competitividade, com garantia de melhores condições de trabalho para todos, sem prejudicar a sociedade brasileira.
Dep. TEREZA CRISTINA (DEM-MS)
Presidente da FPA
FÁBIO MEIRELLES FILHO
Presidente do IPA
Assinam esta nota em conjunto:
ABRAPA
APROSOJA MS
APROSOJA BRASIL
FAESP
ABPA
VIVA LÁCTEOS
AMPA
ABRALEITE
FÓRUM SUCROENERGÉTICO
ABIEC
ABRAMILHO
ACRIMAT
Os latifundiários preocupados com o bem estar da população. Nota risível, a começar por quem assina, uma deputada do DEM. Inventa outra, deputada.
Não podemos negar que o risco sanitário é grave, mas nos parece que a preocupação dos representantes do setor do agronegócio ser oriunda da perda de bilhões de reais em prejuízos e não do citado risco. De certo haverá muito prejuízo para os produtores mas a balança é bastante desproporcional no quesito da maior perda e o que nos resta entender, e parece que tem sido um tanto complicado por parte do governo, é que o setor que transporta tem tanta ou mais importância que o setor produtivo. Poderíamos dizer que ambos tem a mesma importância dentro dos negócios mas não conseguimos dados que comprovem essa igualdade de valoração. Não pode ser tão preterido, desmerecido e diria até subjugado. O prejuízo desse setor que produz só se justifica dentro desse desequilíbrio da cadeia produtiva e o prejuízo daquele setor que entrega é iminente e diário. Não podemos esquecer que parte dessa rede dos negócios que é o personagem central do movimento grevista, tem uma vida difícil que percorre os milhões de quilômetros Brasil afora, com jornadas de trabalho desumanas, as longas jornadas insalubres, valores de fretes que não compensam os riscos e os investimentos financeiros, os preços impraticáveis dos combustíveis com a sua avalanche de tributos e impostos incidentes, malha viária sem qualidade para realizar um ir e vir seguro e isso sem contar que todos os benefícios “concedidos” pelo governo através dos acordos e corroboradas em MP’s tem prazo curto de duração. O caminhoneiro e o povo podem “perder”, mas a PETROBRÁS não e ao governo não convém perder, mas em perdendo há como recuperar em razão de manobras fiscais, ajustes, novas alíquotas, cortes de gastos, arrocho de investimentos e outras manobras descabidas. Nessa batalha nos parece que há um direcionamento para um novo pensamento do povo. As eleições batem à porta e veremos se esse mesmo povo que sofre, bate e grita por socorro hoje saberá escolher o “menos ruim” para conduzir essa combalida nação. Nós queremos, nós podemos e não há quem nos detenha e se a “moda pegar” as demais classes de trabalhadores dão os tiros de misericórdia. O governo não deveria ter deixado situação tão grave se estabelecer e não calculou o risco de uma paralisação previamente anunciada. A paralisação é tão justa e motivada que a sociedade clama pela manutenção da greve e os demais setores governamentais ou os que representam classes concordam com o movimento. Pensar em uma política de impostos equilibrada e consciente que não sofra as intempéries do dólar(o dono do mundo) e do mercado internacional de petróleo(que torna o mundo refém) e que possibilite uma previsibilidade controlada nos gastos públicos e privados e por conseguinte não gere um descontrole no poder de compra da sociedade e sobretudo que forneça ao governo uma força de pagamento de dívidas públicas e o compromisso de investimentos e desenvolvimento. Acreditamos que isso seja apenas a ponta de um enorme iceberg e, sem querer ser pessimista, achamos que o pior ainda está por vir. Quem viver verá! O que esperamos é que seja um movimento justo, pacífico e alicerçado no pensamento e clamor popular por dias melhores e para que consigamos o bem estar coletivo, algo que definitivamente nunca foi pensado por governo nenhum desses milhões de brasileiros.