Fortaleza – Ficar refém é uma situação não voluntária. Deve ser no máximo inconsciente. Quando um comentarista político comete o erro de fazer previsões em vez de análises, fica refém do que disse. Acontece o mesmo no esporte. Na arte, quando um artista investe em um nicho de mercado cuja bandeira não é artística, mas militante de algum movimento ou partido, dá-se o mesmo.
Em algum momento a cobrança virá. Implacável. Na semana que passou, a cantora Anitta, musa da parada LGBT de São Paulo este ano, começou a ser pressionada porque não entrou na campanha #EleNao.
Chegou-se ao cúmulo de cobrar uma posição dela ao verem que a moça começou a seguir uma amiga que votaria em Bolsonaro. Ludmilla também foi alvo.
Elas têm todo o direito de não assumir posição nenhuma. A questão é mercadológica. Ficaram reféns porque quiseram.