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Fortaleza – De outubro de 2011 a novembro de 2017, houve 259 mortes em função dos selfies em 137 incidentes. Houve três mortes relacionadas a selfie relatadas em 2011; duas em 2013; 13 em 2014; 50 em 2015; 98 em 2016 e 93 no ano passado. Artigo científico intitulado “Selfies: um benefício ou uma desgraça” (em tradução livre), assinado por quatro pesquisadores e publicado no jornal da Academia de medicina de família da Índia traz dados e análises sobre o tema.

O Brasil não foi campo da pesquisa, mas, decerto, as informações são bem pertinentes por aqui também.

Leia na íntegra (em Inglês) aqui

A média de idade foi de 22,9 anos com variação de 10 a 68 anos. Cerca de 72,5% (153) do total das mortes foram de homens e 27,5% mulheres. Cerca de 50% (106) das mortes totais por selfie ocorreram entre pessoas de 20 a 29 anos, seguidas por 36% das mortes na faixa etária de 10 a 19 anos.

O maior número de incidentes e mortes por selfie foi relatado na Índia. Metade dos casos relatados. Depois vem a Rússia, os Estados Unidos e o Paquistão.  Excetuando a Índia, a proporção de vítimas para incidentes é de um óbito, enquanto é o dobro na Índia.

Um recomendação do estudo: sinalizações de áreas como “sem zonas de selfie”, em regiões turísticas, especialmente locais picos de montanhas e edifícios altos.

Por quem morrem? A pesquisa classificou como arriscado o incidente em que ficou explícito que a pessoa correu o risco para fazer a foto e morreu. Exemplo: quem ficou na borda de um penhasco escorregadio foi marcado como arriscado. Já se a morte se deu ao ser atingido por uma onda do mar em um mar calmo, o afogamento foi definido como não arriscado.

As mulheres morrem menos por conta das autofotos. Homens morrem três vezes mais. Afogamento, transporte e queda lideram como as três principais formas de morrer por selfies.

Os incidentes de afogamento mais comuns incluem as ondas, o naufrágio dos barcos durante o remo, o clique em selfies na praia sem saber nadar ou a ignorar os avisos.

Da mesma forma, para o transporte, é majoritariamente os acidentes devido ao clique na frente de um trem em movimento.

ÁGUA E FOGO

Entre todas as razões para a morte, o afogamento e o fogo têm a maior taxa de mortes / incidentes. Ademais, a maioria das mortes relacionadas a selfie por causa de armas de fogo ocorreram nos Estados Unidos.

MÉTODO

A morte relacionada ao Selfie foi definida como qualquer morte acidental que ocorre durante a auto-fotografia. Inicialmente, fizeram uma lista dos jornais i de vários países, usando a Wikipedia ou o Ministério das comunicações dos países.

Foram ao Google por palavras-chave como “mortes por selfie”; acidentes de selfie; mortalidade de selfie; mortes auto fotográficas; mortes de koolfie; morte móvel / acidentes. Os endereços dos links das notícias dos resultados da pesquisa foram cruzados com os links da lista de jornais de vários países. Os resultados que não correspondiam foram excluídos do estudo.

SUBNOTIFICAÇÕES

Há um entendimento médio de que as mortes por selfie são subnotificadas. Por exemplo, diz o estudo, certos acidentes rodoviários relatados como morte em acidentes de trânsito. “Portanto, é importante avaliar a verdadeira carga, as causas e os motivos das mortes por selfie para que intervenções apropriadas possam ser feitas”, diz o artigo.

O Google calcula que 24 bilhões de selfies foram enviados para as fotos do Google em 2015. Cerca de 1 milhão de selfies são clicadas por dia por pessoas de 18 a 24 anos.

A tecnologia também promoveu o fenômeno da “selfie”. Existem sites compartilhando informações sobre “como ter uma selfie perfeita” e “poses diferentes para selfie”. Novos termos foram introduzidos, como koolfie, restaurantfie, musclefie, dentisfie e muitos outros.

E ainda: a introdução de “paus de selfie” aumentou a obsessão entre as pessoas. Aliás, a escolha de um aparelho celular é muito relacionada à qualidade da câmera.

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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