UTE Pecém I: termelétrica da EDP Brasil queima carvão mineral para produzir energia (Foto: Divulgação)

São Gonçalo do Amarante (CE) – A EDP declarou lucro líquido de R$ 295,6 milhões no primeiro trimestre de 2019. O crescimento é de 38% ante período idêntico do ano passado. O EBITDA (lucro antes de taxas, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 705,6 milhões, alta de 9,4% em relação aos três primeiros meses de 2018. A EDP Brasil controla a usina termelétrica  UTE Pecém I, em São Gonçalo do Amarante (CE). A usina opera desde 2012 e tem capacidade instalada de 720 MW. Gera alegados 1.500 empregos, entre diretos e indiretos. O uso de carvão mineral é antiquado. No mundo, é uma matriz energética em desuso no setor.

No balanço da companhia, destaques para a antecipação das obras de Transmissão, como a entrega do Lote do Espírito Santo 20 meses antes do prazo regulatório, e o avanço nos lotes 11 (Maranhão) e 21 (Santa Catarina). O lote 7, também no Maranhão, recebeu licença prévia em abril, e o lote 18 (na divisa entre Minas Gerais e São Paulo), está em fase de licenciamento, com o início da construção previsto para o segundo semestre.

Investimentos em São Paulo

De origem em Portugal, a EDP define a valorização da cultura luso-brasileira como causa estratégica em sua atuação social. Já era a principal patrocinadora da recuperação do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, e se tornou a primeira a anunciar, no primeiro trimestre, o patrocínio master à restauração do Museu do Ipiranga, também na Capital paulista. Mas não tem investimentos em cultura no Ceará. Nenhum. Em tempo: pelos impactos ambientais que causa, quando da instalação, a UTE Pecém I teve que fazer compensações ambientais no Ceará. Dentre as quais, bancou a instalação da cerca que contorna o Parque do Cocó, em Fortaleza.

Planejamento para 2019

Para este ano, a EDP prevê investimentos de R$ 2,9 bilhões, mais do que o dobro do realizado em 2018. Desse total, R$ 2 bilhões serão destinados às obras dos empreendimentos de Transmissão. Outros R$ 600 milhões serão direcionados ao segmento de Distribuição, com o objetivo de continuar obtendo melhorias nos indicadores de qualidade de serviço. Além disso, R$ 100 milhões serão aplicados em projetos de geração solar distribuída, segmento em que a EDP tem aumentado fortemente sua presença. O restante será dedicado à operação e à manutenção de ativos.

No trimestre, o investimento chega a anunciados R$ 457.793 milhões, mais do que o triplo do realizado no mesmo intervalo de 2018.

Na Transmissão, foram alocados R$ 271,7 milhões, em função do avanço das obras, com destaque para as linhas de Santa Catarina (R$ 102,3 milhões) e São Paulo e Minas Gerais (R$ 106,9 milhões). Na Distribuição, foram investidos R$ 162,2 milhões, um aumento de 55,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2018.

A EDP gera mais de 10 mil empregos diretos e terceirizados. Atua em Geração, Distribuição, Transmissão, Comercialização e Serviços de Energia. Possui seis unidades de geração hidrelétrica e uma termelétrica, e atende cerca de 3,4 milhões de clientes pelas suas Distribuidoras em São Paulo e no Espírito Santo. Recentemente, tornou-se a principal acionista da CELESC, em Santa Catarina.

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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