Fortaleza – O projeto de Zoneamento Ecológico Econômico da Zona Costeira do Ceará (ZEEC) está causando alvoroço entre investidores. Nesta quarta-feira, o presidente da Fiec, Beto Studart, entrou como mediador. Ficou definido que além dos técnicos do órgão ambiental, a Semace, haverá a participação de nomes de fora do Governo no desenho.
A reunião na qual Beto entrou na pauta não aconteceu no Palácio da Abolição ou na sede da Fiec. Foi na sede da BSPAR mesmo, empresa de Beto. O chefe da Casa Civil, Élcio Batista, foi até a empresa para o encontro. Houve momentos de tensão. Investidores consideram radical a proibição de resorts à beira-mar. “Pela proposta, hotel apenas atrás das dunas”, disse um participante.
O estágio atual é de elaboração, com a realização de audiências públicas. Mas o calor das discussões já acontece em outro terreno, as mensagens de WhatsApp sobre o assunto.
“Tem que ser argumentado economicamente. Ao restringir os investimentos, estes irão pro Rio Grande do Norte. O Ceará já divulga queda de investimentos. Portanto, pela Medida Provisória da Liberdade Econômica, MP 881, o Estado do Ceará não pode tratar os investidores de forma NÃO ISONOMICA, com que os investidores são tratados nos outros Estados, porque isso também fere a emenda Constitucional da responsabilidade fiscal, empobrecendo o Estado numa guerra fiscal-ambiental”, afirma um.
“Não acho que a ZEE vá complicar a situação. Ao contrário, irá nos ajudar, pois poderá melhorar o mapeamento das unidades geoambientais delimitando com clareza as áreas proibidas de ocupação”, pondera outro.
“Não será possível ter empreendimentos pé na areia”, apontou outro.
Querem acabar com o zoneamento para construir resorts à beira-mar e jogar esgoto no mar? Ahh…faça-me o favor. Respeitem o povo cearense e as belezas naturais do nosso estado seus asquerosos.