Fortaleza – O engenheiro Gustavo Montezano, o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em substituição ao economista Joaquim Levy, era conhecido no BTG Pactual, como “duro no crédito”. Ele atuou no banco privado como sócio-diretor, responsável pela divisão de crédito corporativo e estruturados, em São Paulo. No dizer de quem conviveu com ele, é muito técnico. “A operação tem que fazer sentido para ele aprovar, ele não entra em nada para perder”.
Ele é muito amigo de Salim Mattar, de quem era adjunto na Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia. Pode ter sido de Mattar a indicação.
Um detalhe: Montezano traz no currículo pessoal a amizade com o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o filho do presidente.
O perfil de Montezano é marcado por ser calmo e de bom senso. “Ele ainda é muito querido no BTG Pactual”, disse uma fonte. Aliás, Montezano é o quarto nome oriundo da instituição, da qual um dia o ministro Paulo Guedes já foi sócio. Além de Guedes e Montezano, também saíram Pedro Guimarães (Caixa) e Roberto Castello Branco (Petrobras).
O Blog apurou que Montezano, de uma geração bem mais nova no BTG, nem tinha relação com Guedes, mas ambos têm em comum a mesma filosofia.
O novo presidente do BNDES é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e mestre em economia pelo Ibmec-RJ. No BTG, depois que deixou o book de crédito, foi ser diretor financeiro da operação de commodities.