Fortaleza – A decisão da Petrobras de realizar uma nova rodada de venda de ativos tem impacto no Ceará. Uma das oito refinarias (de um total de 13) a serem postas à venda é a Lubnor, em Fortaleza. Para Bruno Iughetti, consultor de petróleo e gás e ex-executivo do setor, uma “excelente decisão”. Ele disse ao Blog acreditar que a companhia irá priorizar a exploração e produção de petróleo em águas profundas, reduzindo sua participação no refino que atualmente representa 99%. Haverá mesmo mais concorrência?, perguntou o Blog. “Sem dúvidas e desta forma impactará no preço dos derivados”, respondeu Bruno.
Conforme a Petrobras, a Refinaria Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor) é uma das líderes nacionais em produção de asfalto e a única no País a produzir lubrificantes naftênicos, um produto próprio para usos nobres, tais como, isolante térmico para transformadores de alta voltagem, amortecedores para veículos e equipamentos pneumáticos.
Duas estruturas portuárias são utilizadas pela refinaria: o Porto do Mucuripe, em Fortaleza, e o Terminal do Pecém, em São Gonçalo do Amarante.
De acordo com o blog do João Borges, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, disse que pretende arrecadar cerca de US$ 15 bilhões com a venda das refinarias. Juntas, elas têm capacidade de refino de 1,1 milhão de barris por dia.
História
A Lubnor foi inaugurada em 1966. Ocupa uma área total de 218 mil metros quadrados. Produz 235 mil toneladas/ano de asfaltos e 73 mil metros cúbicos por ano de lubrificantes naftênicos. A refinaria responde por cerca de 13% da produção de asfaltos do Brasil. Além de produtora, é também distribuidora de asfalto para nove estados das regiões Norte e Nordeste.
Segundo a estatal, todo o petróleo utilizado pela Lubnor é do tipo ultra pesado: 85% provenientes do Espírito Santo e o restante, 15%, do Ceará. Do total processado, 62% do volume é destinado à produção de asfalto, abastecendo todos os estados do Nordeste, e cerca de 16% são empregados na obtenção de lubrificantes naftênicos.
Perfil técnico
– Área Total: 0,4 km²
– Unidade de Lubrificantes – ULUB
– Unidade de Processamento de Gás Natural – UPGN
– Unidade de Vácuo – UVAC
Capacidade instalada
A capacidade instalada é de 8.000 bbl/d
Principais produtos
- Asfaltos
- Óleos Lubrificantes
Mercados que atende
- Óleo Lubrificante: vendido às distribuidoras e comercializado em todo o país.
- Asfaltos: Ceará, parte de Pernambuco e parte do Pará.
Para esse cidadão e outros que acham que isso é uma “excelente decisão”, o mais provável é acontecer seu fechamento sem venda como a Usina de Biodiesel de Quixadá. Só avisando a Lubnor é a maior pagadora de impostos para Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado, como IPTU ICMS etc Para quem não sabe nas casa de algumas dezenas de milhões de reais com impactos na arrecadação das contas públicas de Fortaleza e Ceará, ou seja, menos escolas, menos postos de saúde etc.
Sugiro o Jornal O Povo consultar os secretários de Finanças de Fortaleza e o do Estado do Ceará começarem a fazerem as contas pra medirem o rombo em seus orçamentos com a perdas de arrecadação de impostos com a saída da Lubnor.
Olá, não há informação sobre saída, mas de venda. Abs
Caro Jocelio
O mercado de asfaltos atendido pela Lubnor além do Ceará, parte de Pernambucano e parte do Pará, inclui também o estado do Piauí, Maranhão, Rio Grande Do Norte e Paraíba. Sendo a refinaria de atendimento da maior área geográfica do Brasil. Dado a importância sócio-econômica do mercado de asfaltos, onde 60% a 65% de todo escoamento de produtos entre Estados da federação, entre municípios, exportados, importados, trânsito de pessoas, e serviços são realizados no modal rodoviário, sugiro portanto que o estado do Ceará como os demais estados acima citados representados pelos diversos segmentos da sociedade civil e governamental realizem foros de debates para dimensionarem os impactos positivos e negativos que possam ocorrer devido as medidas implementadas na Petrobrás pelo governo federal. E dentre esses estados cito primordialmente o nosso Ceará e o impacto com a possível venda da Lubnor e as receitas que são geradas por essa unidade da Petrobrás para o nosso Ceará.
A venda das refinarias não é bom para o Ceará e nem para o Brasil. Anos atrás comemoramos a autosuficiencia!!! Falta capacidade de refino no Brasil!!! O governo deveria era incentivar a construção de novas refinarias privadas, gerando mais empregos.