Empreendedorismo digital

Foto: StartupStockPhotos/ Pixabay

Restringir-se ao espaço físico é um risco para novos empreendedores em um mundo cada vez mais digital. Confira dicas para não errar na hora de entrar no comércio eletrônico

Dados de pesquisa do AdNews, website brasileiro de notícias publicitárias, mostraram que a aquisição de produtos e serviços online deve movimentar mais de R$ 270 bilhões no Brasil em 2020 e o crescimento das compras online deve chegar a 18% em 2019 e 17% em 2020.

Observando o prognóstico de crescimento, o administrador e especialista em pequenos negócios Jonny César Cavalcante de Oliveira* indica ter uma boa logística, para quem deseja empreender no mundo digital. Para ele, ao iniciar um e-commerce, o empreendedor precisa estar pronto para ser surpreendido por uma ‘enxurrada’ de pedidos. “Muitas empresas, famosas inclusive, se viram com a imagem abalada ao não conseguirem atender as demandas online. Você não pode vender suas pizzas via Uber Eats, iFood ou Rappi se a demora for de duas horas”, evidencia.

Jonny pontua que um negócio pode comercializar seus produtos ou serviços via internet ou apenas estar presente na rede. Ambas as alternativas são importantes e podem ser planejadas de forma adequada, independente do segmento de atuação. Ele fala que tudo tende a ser de acordo com quem é o público a ser abordado. “Ele está nas redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube? Invista nesse espaço. Também é possível criar um site de e-commerce ou fazer parte de marketplaces como OLX.”

Voz do consumidor
De acordo com o administrador, é preciso ser rápido nas ações de criação de conteúdo relevante, bem como aprender o que seu público gosta. Um dos pontos abordados por ele é o ato de ouvir os clientes, principalmente as reclamações. Para Jonny, alguém que reclama do produto está dando uma consultoria gratuita sobre pontos de melhoria. Ele ressalta que não há problema em errar nos negócios, desde que isso não demore a ser corrigido e que não custe muito dinheiro. “Erros rápidos e baratos trazem aprendizado e não comprometem a operação.”

“Inicialmente recomendo ações com nenhum ou pouco investimento. Fazer uma fanpage e/ou comercializar nas mídias sociais, criar um perfil empresarial no Instagram e usar o Whatsapp Business”, destaca o especialista. Ele cita também o Google Meu Negócio como uma forma essencial de se fazer presente na internet. “A partir daí é preciso buscar relevância: produzir conteúdos interessantes, buscar engajamento e ser rápido nas respostas, pois não adianta estar na internet e demorar em responder às interações.”

Jonny aponta que é possível investir dinheiro em anúncios tanto nas redes sociais quanto no Google. Ele recomenda buscar esclarecimento para que os investimentos sejam feitos de forma racional, inclusive mensurando os resultados. Outro ponto de atenção citado pelo administrador é estar atento ao fluxo de caixa do negócio. “Vai vender no cartão? Alinhe as despesas para não pagar as dívidas do mês sempre depois de receber os pagamentos. Não adianta ter R$ 20 mil para receber semana que vem se o empreendedor tem que pagar o fornecedor hoje”, finaliza.

*Jonny César Cavalcante de Oliveira é articulador do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE)

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