Passando ontem [29/9/2009] na rua Coronel Alves Teixeira, esquina com a rua Nunes Valente (bairro Dionísio Torres), deparei com funcionários da Prefeitura pintando um “Pare” no cruzamento.
No dia 9/9 havia feito uma postagem mostrando que os moradores haviam pintado um “Pare” por conta própria, na tentativa de evitar constantes acidentes que lá aconteciam.
A partir da postagem a editoria de Cotidiano do O POVO pautou uma matéria sobre a iniciativa que as pessoas “comuns” tomam quando falta a ação do poder público. Um dos exemplo era o falado “Pare”.
Um repórter foi enviado ao local para fazer fotos e falar com os moradores das proximidades. O jornalista também ligou para a AMC [Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania] para ouvi-la sobre o assunto.
Pois não é que assim que soube que O POVO faria matéria sobre o assunto, que saiu na edição de hoje [1º/10], a AMC mandou trabalhadores pintarem o “Pare” no local, como pode ser visto na foto? [Veja os textos publicados pelo jornal: aqui, aqui e aqui.]
Quando eu parei para fazer a foto, ouvi chamarem meu nome: era um guarda municipal que trabalha em local próximo ao cruzamento. Foi ele quem me disse que colegas do O POVO tinham estado lá no dia anterior.
Ele me disse que já havia socorrido várias pessoas acidentadas no local, inclusive um menino de cerca de 7 anos que fora atropelado por um carro, recebendo uma forte pancada, que o deixou com a cabeça sangrando.
Foi o próprio guarda, segundo ele me disse, que resolveu pintar o “Pare” no local.
Agora, vejam vocês: enquanto o negócio ficou neste modesto blog, os burocratas da AMC não deram atenção ao fato. Mas bastou o jornal O POVO contatá-los dizendo que sairia matéria sobre o assunto, eles correram para consertar o malfeito.
Será que é assim que deve funcionar uma instituição pública?
Quero então avisar a AMC que, para várias questões urbanas, este blog vem servindo como sugestões de pauta para a editoria de Cotidiano do O POVO.
E, aproveito para acrescentar o seguinte: a rua Coronel Alves Teixeira tem duas mãos, apenas em um pequeno trecho dela, o que confunde os motoristas. Além disso, neste trecho do qual se fala, funcionam um Caps [Centro de Atenção Psicossocial] e uma clínica médica, ambos com muito movimento de carros – e estacionamento permitido de ambos os lados da rua. Os acidente vão continuar.
Além do mais, todo o bairro Dionísio Torres está pessimamente sinalizado.
[Veja postagem imediatamente anterior sobre problemas urbanos ou Fortaleza, terra de ninguém.]
Favor pedir ao mesmo jornalista pautar a Rua Afonso Celso e pedir a opinião dos órgãos responsáveis sobre o aniversário de 3 meses do sumiço da placa de contramão e da impunidade dos veículos que trafegam de forma irregular por lá todos os dias. Fica a sugestão.