O som do desnível
Do artista plástico Hélio Rôla, que do (desas)sossego da Lagoa Redonda, perscruta desde as coisas mais terrestres aos mistérios do Universo, recebi texto e foto.
Vala
«Segui tua sugestão e fotografei uma das muitas valas da Cagece cujo remendo, após o serviço feito, cedeu em toda largura da Av Odilon Guimarães, na Lagoa Redonda, na altura do nº 3580… Esse aparente pequeno defeito, que é um desnível sem dúvida, se transformou em um flagelo para os moradores da vizinhança imediata por conta das incontáveis batidas barulhentas, estrondosas, dos pneus de carros pesados como caminhões e ônibus que por lá rolam dia e noite…Com a palavra a Cagece?»
Não, Hélio, o Plínio vai dizer que a culpa é da prefeita.
Já havia reclamado antes esse descaso no reparo das obras.
Mesmo rotineiras e enfadonhas são sempre necessárias. E como não são gratuitas devem ter um padrão mínimo de qualidade.
E as desculpas são absurdas. Já ouvimos em reportagem dizer que é apenas uma “pequena depressão” no pavimento e que não há recursos.
Mas os médicos do IJF, por exemplo, corrigem pequenas falhas que observam após tirar o gesso ou os pontos de alguns pacientes. E também contam com poucos recursos. E fazem isso milhares de vezes. E jamais um médico diz que o paciente “manca só um pouquinho” ou que é só um pequeno defeito.