Veja esta matéria publicada na edição de ontem (3/3/2011) do O POVO:
«O Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) faz uso de verba pública adquirida por impostos da população para padronizar calçadas e canteiros centrais da avenida Jovita Feitosa. Até aí tudo bem. Dinheiro público usado para bem público. No entanto, comerciantes locais se sentem lesados pelas vagas perdidas de estacionamento e desfazem o serviço.
Entre calçadas novamente rebaixadas por pedreiros particulares e grade de ferro feitas como rampa para permitir veículos em cima da calçada, a via apresenta vários passeios fora dos padrões exigidos. A conclusão das intervenções na via está prevista para julho próximo. Ou seja: o canteiro de obras avança sobre a avenida uniformizando as calçadas ao mesmo tempo em que a população desfaz as mudanças.» Veja a matéria completa: Calçadas já estão fora do padrão.
Comentário
A avenida Jovita Feitosa não é o único lugar onde a esculhambação campeia. O mesmo acontece nas obras do Transfor nas avenidas Bezerra de Menezes e na Domingos Olímpio – e também em várias vias secundárias.
Veja aqui o esculacho que acontece na avenida Bezerra de Menezes , onde calçadas voltam a ser ocupadas por comerciantes e carros e até balões publicitários são postos em cima de guias que servem para os cegos se localizarem nas calçadas.
É o dinheiro público usado em benefício de particulares agindo ilegalmente, e sem a mínima noção de cidadania e de educação.
Tudo sob a vista grossa das “autoridades”, que gostam de anunciar que fazem muitas obras, mas depois as deixam ao deus-dará.
[As fotos, reproduzidas da matéria citada, são de Jorge Alves.]
Instigante exercício intelectual é achar a melhor metáfora para referir o governo de Luizianne e grupelho em Fortaleza: um joão sem braço? ave sem asas? um gajo de pés virados para trás? Caminho de casa ou por causa do trabalho, quem passa pela Bezerra de Menezes não acaba de entender como gasta ali a Prefeitura, por Luizianne e grupelho, anos e anos para renovar o asfalto, cobrir o esgoto e fazer no centro uma calçada. E que calçada! Será a coisa mais esquisita da Cidade. Tem batentes, muretas, rampas, desníveis, separações; parece uma armadilha de derrubar velhinhos e transeuntes. Pior: o espaço central da calçada, mal definido, não dispõe de escoamento para a água da chuva. O comércio ao lado dispõe ali o lixo de cada dia. Que belo!
Educar pelo padrão é uma circunstância onde o status por si só impõe um determinado comportamento. Em referência as obras do Transfor é preciso destacar que as mesmas são tocadas a passos de tartaruga. Uma equipe trabalha na avenida Luciano Carneiro e depois desaparece para algumas semanas reaparecer. Há trechos em que a obra rachou e quebrou ou afundou chegando a ser recuperada por mais de uma vez. Segundo afirmou Salvador Scaringella (uma das maiores autoridades do Trânsito brasileiro) “O trânsito está para a cidade e não a cidade para o trânsito”. O simples fato de um ponto comercial não ter mais onde acolher a sua demanda que chega de carro, por si só, já estabelece o caos entre administradores e administrados. Faltou planejamento conjunto para as obras do Transfor. O erro está no planejamento participativo entre as parte interessadas…