Reprodução de artigo publicado na editoria de Opinião, edição de 25/8/2016 do O POVO.
Tribunal da história espera os golpistas
Inicia-se hoje o julgamento da presidente Dilma Rousseff no Senado. Julgamento é modo de dizer, pois o veredito já está dado, assistir-se-á (mesóclise em homenagem a Temer) a uma pantomima.
A presidente já não fala para convencer os senadores, mas para a história. Porém, fala mal à posteridade: a sua carta, “mensagem ao povo brasileiro”, é burocrática e deixa de apontar as verdadeiras razões políticas pelas quais será imolada.
Uma única vez ela aponta (indiretamente) os seus algozes: “Jamais se encontrará na minha vida registro de desonestidade, covardia ou traição (Temer). Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém (Eduardo Cunha)”.
Vejam a diferença da Carta Testamento de Getúlio Vargas: “Mais uma vez as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes”.
Notem como são os mesmo temas em debate: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma”. (Petrobras, interesses americanos no Sul, salário mínimo, impostos.)
Na segunda-feira, a presidente faz pessoalmente sua defesa no Senado. Como a legalidade atropelada, sua fala teria de ser, no mínimo, uma espécie de “Eu acuso”; mas é difícil prever seu comportamento.
Porém, de um jeito ou de outro, os golpistas serão condenados pelo tribunal da história.
Com a legalidade atropelada?
Só quem desrespeitou a Lei e o Congresso foi Dilma.
Os golpistas serão condenados?
Onde há golpista?
Os que pediram o impeachment de Collor foram considerados golpistas?
Foram condenados pela História ou ganharam o Governo em 2002, 2006, 2010 e 2014?
Somente os petistas sonham em chorar sobre seu cadáver, preferencialmente ainda neste mês de agosto, por ter sido candidata a reeleição. Os petistas a abandonaram há muito tempo.
Vejam que os terroristas de 64, que causavam pânico com justiçamentos, não foram condenados. Foram até indenizados.
O aliado Cunha optou por aceitar o pedido menos danoso para sua amiga que lhe deu tantos poderes. O estrago que Dilma fez na PETROBRÁS foi enorme e ainda quer se declarar inocente.
… assistir-se-á a uma pantomima …
COMENTO:
A representação será de responsabilidade dos que dizem defender DILMA, mas nada apresentam em defesa.
Tal como fizeram numa CPI em que eles mostraram que tem GABARITO.
Prepararam um questionário com as perguntas e as respostas que deviam apresentar ao público.
Primeiramente: ‘TCHAU QUERIDA!”
A opinião apaixonada e partidária do autor e dos defensores dos indefensáveis atos da Presidente Afastada DIlma remete-os as cinco fases do do luto de Elisabeth Kubler-Ross.
A primeira fase, Negação, Seria uma defesa psíquica que faz com que o indivíduo acaba negando o problema, tenta encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto.
Aparentemente esta é a fase mais longa vivida pelos PTistas e seus simpatizantes. Até hoje, como lemos agora, negam as maléficas ações destruidoras profanadas por Dilma/ Lula e seus iguais.
Choramingam: “Não houve mensalão!”; “Não houve petrolão!”; “Só querem atingir o PT!”-mesmo que PP e PMDB tenham sido os primeiros a serem arrastados pela lava jato.
A segunda fase é a Raiva, nessa fase o indivíduo se revolta com o mundo, se sente injustiçada e não se conforma por estar passando por isso.
Gritam, bradam: “Como pode, fazerem isso com a mãe e o pai dos pobres?”; “É GOLPE!”; “FASCISTAS!”;”Os outros também roubam?”;
Na negação os patológicos são capazes de até achar que enganar, mentir, ludibriar e quebrar um país atrasando-o por cinquenta anos não seria nada.
A negação e raiva, neste caso, se mostram confusas nos simpatizantes. Indo e vindo a todo momento. é difícil segurar.
A terceira fase é a barganha, essa é fase que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus. É como o discurso “precisamos avaliar nossos erros.” “se o PT (projeto de governo) sair serão tirados direitos dos mais pobres”.
O mais clássico da barganha/negação/raivosa é culpar os outros por nossos erros e falhas.
Um clássico: “A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma”. ((SINDICATO) da Petrobras, interesses americanos no Sul, salário mínimo, impostos.)”
A depressão e a aceitação não faz parte da esquerda infantil (só existe esta caros amigos).
Na realidade Dilma/ Lula são os presidentes golpistas.
Ao bradar e criar uma linha fantasiosa e contar a história como bem lhe convém os verdadeiros golpistas do Brasil hospedam a tese de que a Constituição brasileira teria 248 artigos democráticos e 2 golpistas, ou seja, os artigos 85 e 86. Para a presidente da República (e seus “ENTAPADOS” seguidores), o Supremo Tribunal Federal é golpista por cumprir a Lei Maior. Mas ela a presidente afastada não o é, apesar de pretender desmoralizar os outros dois Poderes da República.
Lamento pela dor da perda de uma ilusão. A vida é dura.
E por final.
“JÁ VAI TARDE, QUERIDOS!”
Diego LUZ
Caro Diego, agradeço pela consulta grátis.
Primeiramente, Tchau querida!
Segundamente, o choro é livre.
P.S.ONDE ANDARÁ MEU OUTRO COMENTÁRIO?
DIEGO
Então, Diego, comece você a chorar, que aqui tem análise e não parolagem e bobagem, tipo esse negócio de “primeiramente” isso e aquilo.
KEEP CALM.
I think that “Tribunal da história espera os golpistas” is yap (parolagem) and big lie.
DIEGO
PS. quase diariamente na rádio o povo ouvimos um (a) convidado (a) bradar: Primeiramente: Fora Temer. Porém …
Diego,
Só posso recomendar uma consultar ao otorrino ou então que você “limpe as oiças”. Está ouvindo só o que quer.
Só ouço, vejo e leio o que quero.
Por isso sou um fã do sistema o povo de noticias.
Diego.
Boa, Diego, o eu quis dizer: se você só houve na rádio “Primeiramente fora Temer…” e não vê a diversidade que imprimimos na programação, nesse sentido, sua audição é seletiva.
Não só ouço “Fora Temer” na programação. Mas tem sido frequente, apesar de não serem rotulados de PAROLAGEM.
Dois simplórios exemplos:
professor Idevaldo Bodião: 03/08/16 disse, “primeiramente Fora temer. E isto não é brincadeira.”
https://www.youtube.com/watch?v=z9hOeAA9jVs&feature=youtu.be&t=514
Entrevistada Elionice, 24 de 08 2016, disse: “…fora o presidente golpista…”
https://www.youtube.com/watch?v=weQwv6p_P7U&feature=youtu.be&t=172
Sem Parolagem, o choro é livre.
Diego
Caro Plínio, não esperava outra análise vinda de você. É isto. Toda pessoa coerente que conheço está enxergando assim. Estamos assistindo a um grande desmonte. Um processo de impeachment sem crime (o que é, exatamente, crime de responsabilidade?), por motivos puramente políticos, levado a cabo por indivíduos que não representam o povo, mas sim seus próprios partidos e interesses. Dilma foi inconveniente para um clube de políticos. Não sou petista, nem simpatizante de partido algum. Mas só não percebe esse desmonte quem não quer. A sensação de cursar direito num tempo desses é muito bizarra, pois vejo tudo que estudei até agora ser subitamente aviltado, relativizado e distorcido. Além do mais, vivemos a apoteose da intolerância e da violência, em suas mais diversas nuances. Tudo isso é muito triste.
Oi, Elisiane,
De fato, o clima de intolerância prece ter-se instalado definitivamente em qualquer debate político.