Hoje conclui-se a formação de mais uma turma de Novos Talentos para estudantes de jornalismo. Escrevi para eles este artigo, publicado na edição de hoje (8/7/2010), do O POVO.
Esses jovens…
Plínio Bortolotti
“Meu tempo é hoje” diz certeiramente o mestre Paulinho da Viola. É bom ter lembranças, contá-las em roda de amigos; mas, vocês sabem, quem olha para trás vira estatua de sal.
Sinto que não vem coisa muito boa quando alguém começa: “No meu tempo…” para desfiar lição de moral ou para dizer que “antigamente” tudo era melhor. A memória é seletiva e sábia/traiçoeira, guarda o bom e manda para o subconsciente aquilo que nos amargurou. É duro ser criança e adolescente, mas quando as cãs nos aparecem, começamos a dourar a pílula dos tempos idos.
A maior vítima desse tipo de saudosismo é o jovem, acusado de não querer nada com nada; de ter abandonado o hábito da leitura (os pais teriam?), e de só querer saber da internet. A propósito, os jovens continuam lendo: preferem ler na internet, mas se encandeiam também com cartapácios, tipo Harry Potter e a saga Crepúsculo.
A internet é a vilã de hoje como os gibis o foram na minha meninice. Adquiri o hábito de ler graças ao Fantasma (“O espírito que anda”), ao Zorro (e seu amigo Tonto) e ao Tio Patinhas e sua trupe.
Bom, a introdução é para dizer que coordeno no O POVO o curso Novos Talentos para estudantes de jornalismo. Tenho a oportunidade de estar com jovens universitários e posso dizer que convivo com pessoas interessantes, interessadas e preocupadas com as coisas do mundo. E, obviamente, com seu próprio futuro, pois estão no limiar da vida adulta.
Hoje, conclui-se mais uma turma Novos Talentos, a oitava: mistura de jovens interessados em questões internacionais, artes gráficas, cultura, política, economia – e pelos problemas locais. Ajudeio-os a afiar o texto para que possam contar boas histórias aos leitores, aqui ou onde quer que se desenvolvam profissionalmente.
Teremos hoje um encontro festivo na Redação para comemorar a conclusão do curso. Esta é a minha homenagem a eles.
Novos Talentos foi minha segunda faculdade; me foram muito proveitosos esses seis meses.
Boa sorte ao novos Novos Talentos. Nos encontramos na vida… ou na profissão.
(Acho que a turma que se conclui é a sétima, não?)
Tem razão, André,
De qualquer modo, não vou alterar aqui, pois cópia do impresso.
Agradeço,
Plínio
Plínio,
Que lindo artigo para estes jovens talentos!
Tenho sobrinhas que são interessadas no mundo ao seu redor, conscientes e muito talentosas que foram apresentadas à leitura através dos gibis. E são jovens maravilhosas que com certeza terão seu lugar no mundo. Uma delas é amante do jornalismo: Isabelle Leal, que hoje é concludente desta turma, e é um talento com orgulho,
Mônica
Como concluinte da sexta turma dos Novos Talentos, a carapuça me serviu nessa homenagem. Para mim, o curso foi uma aprendizagem de como fazer o jornalismo. Sempre que escrevo, lembro das críticas e sugestões que aprendemos para deixar o texto mais “elegante”. Aqueles seis meses foram de extrema importância. Obrigada, Plínio. Foi uma honra ter um professor como você.
Que saudade, Plínio! Faço minhas as palavras da colega Mariana: uma honra ter você como professor.
Abs,
Elisianne 🙂