Capitão Wagner criticou novo adiamento para aumento para PMs (Foto: AL-CE)

Foi suspensa agora há pouco sessão da Assembleia Legislativa que votaria projeto de aumento para policiais e bombeiros militares do Ceará. A queda ocorreu após pedido de votação nominal, feito pela base aliada, verificar a ausência do número mínimo de deputados no plenário para votação de projetos.

Com a suspensão, votação do projeto ficará para a próxima quinta-feira, 16. Além da proposta que garante média salarial do Nordeste para os militares do Estado, também estava em pauta ação que garante “passe livre” para viagens ao exterior do governador Camilo Santana (PT) e da vice-governadora Izolda Cela (PDT).

Representante de categorias militares, Capitão Wagner (PR) criticou a queda da seção. Segundo ele, aliados do governo sabiam da ausência de quórum no plenário e pediram a verificação para “ganhar tempo”.

“Angústia”

“O governo quer mais tempo para estudar. Não conseguiram em dois anos atender a categoria, e agora querem ganhar mais uma semana. Dá assim mais uma semana de angústia aos servidores”, afirma o parlamentar.

O deputado questiona valores oferecidos pelo governo, afirmando que percentual aplicado para algumas patentes não corresponde à promessa da média salarial do governo. Nesta quarta-feira, 8, Camilo Santana prometeu um novo estudo para incrementar ainda mais salários de cabos e soldados da PM.

O governador também destaca que, para algumas patentes, incremento salarial com a medida chegará a até 50%. Ele reforça ainda projeto de promoções para policiais militares aprovado no início de seu governo. “Foram mais de nove mil promovidos, uma das maiores ações do tipo no Brasil. Tudo isso é reconhecimento”, disse.

Passe livre

Medida que libera viagens do governador também ficou para outra sessão. Com a proposta, apresentada pela Mesa Diretora da Casa, os chefes do Executivo ficam livres para ausentarem-se do País, com prazo indeterminado, em 2017. Sem a medida, eles precisariam pedir autorização à Assembleia toda vez que fizessem uma viagem ao exterior.

A medida não é nova, sendo aplicada desde o primeiro governo Tasso Jereissati (PSDB), mas passou a ser adotada anualmente desde o segundo governo Cid Gomes (PDT). Expediente passou a ser cumprido após o governador se envolver em uma série de polêmicas com viagens ao exterior, incluindo episódio em que levou a família para a Europa e que ficou conhecido como “voo da sogra”.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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