O presidente Michel Temer (PMDB) negou nesta quinta-feira, 18 de maio de 2017, que irá renunciar da Presidência da República. “Não renunciarei. Sei o que fiz e sei da correção dos meus atos”, disse o presidente, em rápida entrevista coletiva em Brasília.
Declaração ocorre menos de 24 horas após vir a público a participação do presidente em uma tentativa de obstruir investigações da Lava Jato. Em gravação feita pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, Temer aparece dando aval para a “compra” do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“Repito e ressalvo: Em nenhum momento autorizei que pagassem a quem quer que seja que ficasse calado. Não comprei o silêncio de ninguém”, disse o presidente, em coletiva de menos de cinco minutos. “Nada tenho a esconder. Sempre honrei o meu nome. Nunca autorizei que utilizassem meu nome indevidamente”, disse.
O presidente destacou que recentes avanços da economia não poderiam ser “jogados fora” por nova crise política. “Meu governo viveu seu melhor e o pior momento: dados de geração de emprego e a queda da inflação criaram condições de um País melhor. Houve, contudo, a revelação de uma conversa gravada clandestinamente que trouxe de volta o fantasma de crise”.
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Essa foi a mesma decisão de Dilma, enquanto o País agonizava uma crise política que gerava uma econômica. Ele faz o mesmo. Ambos mostram que o Brasil não aparece em suas boas metas. Aliás, qualquer dirigente de País sério, ainda que inocente, entende que, quando há instabilidade política, a melhor e mais saudável solução para o País é renúncia do cargo e convocação de novas eleições. No Brasil, entretanto, eles não querem largar o osso. Assim o País afunda. Precisamos que tanto o Executivo, quanto o Legislativo inteiro, renunciem e convoquem novas eleições. E nós, eleitores, precisamos aprender a escolher melhor os nossos representantes.