O governador não comentou as denúncias de Wesley Batista sobre a campanha de 2014. Foto: Reprodução/Facebook

O governador Camilo Santana (PT) afirmou, nesta terça-feira, 23, em transmissão ao vivo no facebook, que “ninguém pode prejulgar” por antecipação nomes envolvidos nas acusações dos delatores Joesley e Wesley Batista sobre o pagamento de propina para diversos políticos abastecerem as campanhas eleitorais, entre eles o ex-governador e aliado político Cid Gomes (PDT).

Wesley diz em delação à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Cid teria lhe pedido, em junho de 2014, no escritório da JBS em São Paulo, R$ 20 milhões para a campanha do petista. O ex-governador nega a acusação e prometeu, em coletiva na última segunda-feira, 22, processar o empresário por “calúnia” e “difamação”.

“É um momento de muita cautela. Que as lideranças políticas desse País possam ter muita cautela em relação a esses casos e que a gente possa superar esse momento tão doloroso da política brasileira de forma serena, tranquila, com justiça. Que a justiça possa penalizar quem cometeu qualquer ilícito, qualquer erro, em qualquer partido, isso é o que eu defendo. Ninguém também pode prejulgar ou condenar ninguém por antecipação. Só quem pode fazer isso é a justiça”, defendeu.

Doações da JBS a campanha começaram quatro dias após 1º pagamento do Estado

Diante das acusações da JBS envolvendo as doações para a campanha de 2014, Camilo não respondeu aos questionamentos dos internautas e disse estar procurando “tocar o governo, trabalhar, superar os desafios que tem pela frente”.

“Nada para esconder”

O governador aproveitou a “conversa” para falar que não tem “nada para esconder” em relação aos gastos do governo estadual. “Tiramos o primeiro lugar em transparência no País. É obrigação nossa prestar conta de cada centavo e para onde está indo. O Ceará hoje é exemplo para o País em transparência”, afirmou.

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Wagner Mendes

Repórter do núcleo de política do O POVO wagnermendes@opovo.com.br

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