Decisão do Senado manteve Aécio Neves no Senado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Decisão do Senado manteve Aécio Neves no exercício do cargo (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Entre a bancada de três senadores do Ceará, apenas Tasso Jereissati (PSDB) votou nesta terça-feira pela rejeição de medidas cautelares determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Por 44 votos a 26, o plenário decidiu derrubar medidas como o afastamento do senador e seu recolhimento noturno. Nesta quarta-feira, o senador já pode retomar as atividades normalmente, após aparecer em gravações pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS.

Em orientação contra as cautelares, Tasso argumentou que Aécio não pode ser condenado pois ainda recorre do caso no Supremo. “É difícil para mim, como senador, e para todos os nossos companheiros, entender que se condene qualquer pessoa que seja (…), que sequer teve o direito de defesa”, disse.

Eunício e Pimentel

José Pimentel (PT), por outro lado, votou “sim” pelo deferimento das medidas contra o senador mineiro. Como é o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB) não participou da votação. Senador que só votaria no caso de empate no plenário, o peemedebista atuou nos bastidores, no entanto, para viabilizar votação pró-Aécio desta terça.

Maioria dos senadores entendeu que, como o mandato de senador é conferido pelo povo, decisão do STF representaria indevida intervenção do Judiciário sobre o Legislativo. O mesmo entendimento foi consolidado semana passada em votação no próprio Supremo.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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