Acrísio Sena criticou decisão da Prefeitura em armar guardas (Foto: Divulgação)

Acrísio Sena criticou decisão da Prefeitura em armar guardas (Foto: Divulgação)

O vereador Acrísio Sena (PT) criticou nesta quarta-feira, 6, ação da Prefeitura em parceria com a Polícia Federal que irá armar 116 guardas municipais de Fortaleza. Segundo o parlamentar, a ação é um “retrocesso” na política de segurança e não trará quaisquer avanços substanciais no combate à violência na Capital.

“Aquilo que é comemorado e apresentado como avanço na politica de segurança, eu digo que é um retrocesso, a proposta de armamento é de uma concepção tosca de segurança. Isso tá indo na contramão do mundo, que está desmilitarizando suas polícias”, diz o petista, que questionou legalidade da medida e destacou papel “auxiliar” da Guarda Municipal.

Fala de Acrísio foi rebatida por Márcio Cruz (PSD). Segundo o vereador, que já foi presidente de entidades representativas de guardas municipais, a lei fortalezense já aceita o armamento da Guarda desde 2004. “O serviço de segurança pública não se faz com o equipamento que temos e, depois de muita luta travada, a gestão do Roberto Cláudio acertou”, disse.

O vereador Benigno Júnior (PSD) disse também concordar com o armamento da Guarda, desde que ocorra uma capacitação adequada para agentes. Ele destacou exemplo de São Paulo, onde já existe uma divisão do órgão que possui armamento, mas reforçou importância de avaliação permanente da capacitação dos agentes de segurança para o uso de armas de fogo.

Guarda armada

Guardas de Fortaleza que atuam no Grupo de Operações Especiais (GOE) e como guardas comunitários devem ter o porte de arma de fogo liberado a partir de janeiro. A Prefeitura divulgou ontem que houve assinatura de um convênio com a Polícia Federal. Em 2016, RC evitava falar do assunto, mas dizia que a Guarda não deveria “roubar funções da polícia”.

Segundo o titular da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã, Antônio Vieira Filho, os guardas deverão ser aprovados por psicólogos credenciados pela PF e, em seguida, terão 100 horas/aula. Ao todo, 116 guardas municipais devem começar o treinamento e, a partir do dia 12 de janeiro, poderão escolher se querem ou não usar a arma de fogo.

Conforme nota da Prefeitura, durante a assinatura do convênio pelo vice-prefeito, Moroni Torgan, o superintendente da PF no Ceará, Delano Brunn, disse que, no fim da formação, os guardas municipais que não apresentarem aptidão e habilidade para uso das armas de fogo serão reprovados.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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