O governador Camilo Santana (PT) e a desembargadora Nailde Pinheiro, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), reuniram-se hoje de manhã, no Palácio da Abolição, para uma discussão sobre a história do uso de forças eleitorais no Ceará em 2018. No entanto, uma decisão acerca do assunto ficou para mais adiante.

A justiça quer, mas o governo mantém uma certa resistência, avaliando que dispõe de condições próprias para assegurar um pleito seguro. A desembargadora, acompanhada de assessores, reforçou um pedido já formalizado na semana passada, que tem por base um conjunto de informações que indicaria uma ameaça à liberdade do eleitor para o exercício do voto, devido à ação de facções criminosas. Camilo, com sua assessoria presente à reunião, recolheu os dados e ficou de dar uma resposta, a partir do plano de segurança para as eleições 2018, segundo ele, ainda em fase de elaboração.

Portanto, a hipótese de reforço federal continua colocada, mas não foi ainda com o encontro de hoje que se confirmou. O governador até andou dizendo dias atrás que não precisava, que confia na estrutura estadual de segurança, com seus 20 mil homens, aproximadamente, mas após a conversa de hoje com o pessoal da justiça eleitoral, mostrou-se mais disposto a considerar o reforço federal dentro do conjunto de ações voltadas para a proteção do eleitor e do seu direito de se manifestar livremente.

Talvez seja o melhor mesmo para o governo do Ceará não ficar com toda a responsabilidade e, na eventualidade de algo acontecer, ter com quem compartilhá-la. No caso, com as forças federais, até pelo pelo fato de a oposição já começar a tentar tirar proveito político da situação.

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Gualter George

Editor de Política do O POVO

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