O Datafolha desta sexta-feira consolida três movimentos: Jair Bolsonaro (PSL) amplia vantagem na liderança da campanha presidencial, indo de 24% para 26%.
Fernando Haddad (PT) acelera crescimento à sombra de Lula, saindo de 9% para 13%.
Marina Silva (Rede) derrete e perde mais três pontos porcentuais, passando de 11% para 8%.
A pesquisa, a segunda feita nesta semana, acende o sinal amarelo para Ciro Gomes (PDT), que se manteve no patamar de 13%.
Do empate quádruplo da sondagem anterior, divulgada no dia 10/9, o bolo agora inclui apenas três postulantes: além de Ciro e Haddad, também Geraldo Alckmin (PSDB).
O tucano, que oscilou negativamente de 10% para 9%, situa-se no limite da margem para o empate.
Salvo alguma hecatombe, Bolsonaro está no segundo turno.
A esta altura, é a segunda vaga que está em disputa. E a tendência é que a briga se dê entre Haddad e Ciro. É de olho nessa que queda de braço que eleitor precisa estar.
Ciro perdeu terreno para Haddad no Nordeste, celeiro petista. Segundo o Datafolha, na região, o ex-governador do Ceará caiu dois pontos, passando a 18%.
Haddad, por sua vez, cresceu sete pontos entre o eleitorado nordestino, chegando a 20%.
Ciro melhorou desempenho apenas em duas regiões: Sul e Sudeste, mas num patamar insuficiente para compensar a queda no Nordeste.
O retrato mostrado pelo Datafolha parece claro: se já era assim no começo da semana, a disputa entre Haddad e Ciro se intensifica.
Resta saber como cada um dos postulantes vai recalibrar as estratégias a partir de agora, com o resultado em mãos e o horizonte das eleições cada vez mais nítido.