Logo após a primeira entrevista oficial do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), divulgada na TV Record, e que foi ao ar última segunda-feira, 29, alguns dos presidenciáveis derrotados se pronunciaram no Twitter. O tom foi de espanto e indignação com as palavras do capitão da reserva carioca, sobre assuntos como “tipificar o MST e o MTST como grupos terroristas”, “liberação de armas” e “liberdade da imprensa”.
Marina Silva (Rede) falou sobre o tocante à medida da liberação da arma de fogo, proposto pelo candidato eleito.
A entrevista do #BolsonaroNaRecord é preocupante sob muitos aspectos, mas nenhum é tão preocupante quanto a sua ideia fixa em querer induzir a sociedade a acreditar que poderá resolver o grave problema da violência fazendo justiça com as próprias mãos
— Marina Silva (@MarinaSilva) October 30, 2018
A candidata do Rede ainda tuitou que “É espantoso o anúncio do presidente eleito de que uma de suas primeiras medidas após a posse será enviar para o Congresso Nacional uma proposta para facilitar o acesso às armas de fogo. Qualquer tentativa de desconfigurar o Estatuto do Desarmamento é um retrocesso lastimável! A maioria da população brasileira é contra a posse de armas de fogo e quer soluções mais inteligentes. As armas de fogo são responsáveis por 71% dos homicídios registrados no Brasil. Por isso, não canso de repetir o que venho dizendo: quanto mais armas, mais violência.”
Já Geraldo Alckmin (PSDB) comentou sobre um possível não cumprimento da “liberdade de imprensa” no Brasil, ao tuitar que: “Começou mal. A defesa da liberdade ficou no discurso de ontem”, e subiu o tom para falar sobre a perseguição à Folha de São Paulo.
https://twitter.com/geraldoalckmin/status/1057082754213523461
E para finalizar, Guilherme Boulos (Psol), tocou na fala em que Bolsonaro partiu para o ataque contra o Movimento Sem Terra (MST) e no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), informando que pretende “tipificar os dois movimentos como grupos terroristas”. Em tempo, Boulos faz parte do MTST.
Bolsonaro atacou o MTST e o MST agora na Record. O presidente eleito manteve o discurso de ódio do candidato. É importante que saiba que não se acaba com movimento social com decreto ou violência. Isso não resolve a falta de terra e teto para milhões. Daí nascem os movimentos.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) October 30, 2018
Só lembrando que o grupo de comunicação Record, pertencente ao seu aliado, o bispo da Universal, Edir Macedo, o apoiou durante toda a campanha, e por isso ganhou o privilégio de ser a primeira rede de televisão a entrevistá-lo.
Começou o “desgonverno”. Já era de se esperar de um candidato que nem aos debates foi… cinfirmado que não sabe de nada… Só te digo isso: “Feriu minha existência, eu sou resistência…
Agora se quiserem viver:
O MST vai ter que plantar
A UNE vai ter que estudar
A CUT vai ter que trabalhar
Boa sorte aos envolvidos!