Diferente do Brasil, que mudou as leis para aumentar o número de mulheres na política com a obrigatoriedade de que os partidos destinem pelo menos 30% dos repasses de campanha a candidaturas femininas, os Estados Unidos elegeram um número recorde para seu novo Congresso, 22%, sem a necessidade de cota. A avaliação é tratado como um “basta na política restritiva de Trump”.
“Os resultados são frutos de dois anos de frustração e ativismo de mulheres horrorizadas pela eleição de Trump, em 2016”, explicou em coletiva Deirdre Schifeling, fundadora da maior organização de planejamento familiar dos EUA, Planned Parenthood.
São 95 mulheres para a Câmara dos Representantes, outras 13 ao Senado dos EUA (que se juntam à outras 10 que não concorrem à reeleição nesse pleito), somando 118 mulheres foram eleitas para o Congresso americano, dois pontos percentuais acima das eleições passadas.
A título de comparação, o Brasil também comemorou um aumento de uma eleição para a outra, 77 deputadas federais foram eleitas (2014 haviam sido 51), e no Senado, sete conseguiram a eleição, com um total de 12 na bancada, representando ao todo 15% nas duas Casas Legislativas a partir de 2019, subindo cinco pontos percentuais.
Uma das eleitas chama a atenção contra a política de Donald Trump. Ilhan Omar nasceu na Somália e chegou ao país como refugiada. Democrata, venceu no 5º distrito de Minnesota com 78,2% dos votos.