Secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque (Foto: Mateus Dantas / O POVO)

Após o segundo dia de atentados em Fortaleza e região metropolitana realizados por facções criminosas, o Governo Estado criou um gabinete de crise.

Fazem parte as cúpulas das secretarias da Segurança Pública e Defesa Social e Administração Penitenciária;  polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal;  Controladoria-Geral de Disciplina; Ministério Público, Tribunal de Justiça e Agência Brasileira de Inteligência.

A informação foi confirmada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Élcio Batista.

A medida atende a sugestão do ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro, que havia solicitado que Camilo, com quem conversou por telefone, instituísse provisoriamente essa estrutura para chefiar as ações de enfrentamento às organizações criminosas.

Na tarde de hoje, Moro autorizou o envio ao Ceará de 300 agentes da Força Nacional.  O governo de Camilo Santana (PT) pediu dois mil.

Desde a noite de quarta-feira, dezenas de ataques foram desferidos contra ônibus e vans, prédios públicos, agências bancárias e um viaduto na BR-020, que corre o risco de desabar.

Pelo menos 45 pessoas foram presas até agora. Pelas redes sociais, o titular da SSPDS, André Costa, disse que “o acocho não vai parar”.

Segundo o governo, o gabinete vai funcionar enquanto a situação de crise permanecer.

As ações das facções foram desencadeadas após declaração do secretário da Administração Penitenciária, Lauro Albuquerque. Em entrevista ao O POVO depois da posse na pasta, no dia 1º de janeiro, no Palácio da Abolição, o policial civil afirmou que não reconhece facção e prometeu acabar com a divisão de presos em unidades segundo seus vínculos com as organizações criminosas.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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