Por: Wanderson Trindade

A um dia de completar o ciclo de um mês de ataques criminosos no Ceará, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, afirmou que as diretrizes no Estado é de “endurecer” e “aplicar a lei com todo o rigor” seja nos presídios, seja nas ruas cearenses. Em entrevista à Rádio O POVO / CBN na manhã desta sexta-feira, 1º de fevereiro, ele declarou que governador Camilo Santana (PT) determinou a continuação das ações policiais independentemente de haver novas intervenções de grupos facciosos ou não.

 (Foto:Fabio Lima/O POVO)

“A decisão é de apertar mesmo, de endurecer e de aplicar a lei com todo o rigor tanto dentro dos presídios quanto nas ruas. Essa é a determinação, de não recuar um milímetro sequer e não desviar nenhum passo deste caminho. A gente vai continuar avançando. Não importa o que se faça, o Estado não vai recuar”, afirmou André Costa, que estava presente na sessão de tomada de posse dos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).

No último dia 2 de janeiro, foi dado início a onda de ataques criminosos que perdura até hoje em Fortaleza, Região Metropolitana e no Interior. No dia 3 de janeiro, Camilo Santana procurou Sérgio Moro, que havia assumido o Ministério da Justiça e Segurança Pública, para pedir ajuda. O ministro prontamente ordenou o encaminhamento de 406 agentes da Força Nacional para auxiliar a segurança no Ceará. Por sua vez, estados como Bahia, Pernambuco, Piauí e Santa Catarina enviaram tropas de policiais militares para terras cearenses.

O período de atuação desses agentes será expirado nos próximos dias, mas o Governo do Ceará já negocia permanência. Para André Costa, a manutenção das forças é muito importante, no entanto, as ações tomadas no Estado para a segurança pública darão continuidade na redução dos atos criminosos. “Quando perder esse efetivo, a gente continua aqui nesse trabalho de ostensividade com quase 20 mil policiais militares”, comunicou, celebrando o pacote de leis sancionado por Camilo após aprovação da AL-CE em regime extraordinário.

Dentro das medidas aprovadas, o secretário destaca duas: a mobilização dos policiais da reserva e a ampliação das horas extras. “Isso faz com que a gente possa aumentar o volume de operações e da presença da Polícia nas ruas”, enfatizou.