Carlos Mesquita foi efetivado após morte de Luciram Girão (Foto: Divulgação)
Não reeleito dentro das vagas em 2016 pela primeira vez em 24 anos, o vereador Carlos Mesquita (Pros) voltou a ser efetivado vereador de Fortaleza nesta semana. A mudança ocorre após morte do vereador Luciram Girão (PDT) na última segunda-feira, 6, vítima de câncer.
Voltando à condição de efetivo, Mesquita tem caminho livre para fechar os 28 anos de mandatos consecutivos da Câmara Municipal. Mesmo não tendo sido eleito em 2016, Mesquita se manteve no exercício do cargo após o prefeito Roberto Cláudio (PDT) convocar o vereador Elpídio Nogueira (PDT) para a secretaria do Turismo de Fortaleza.
No final do ano passado, quando Elpídio voltou para a Câmara para disputar pela presidência da Casa, Mesquita não ficou “à toa”, sendo nomeado titular da Secretaria Executiva Regional (SER III). “Eu jamais vou me rebelar contra a vontade de Deus”, disse Mesquita em 2016, logo após a derrota nas urnas.
Perfil polêmico
“Meu lema na eleição era servir, amar e viver, com maturidade e generosidade. Essas cinco palavras traduzem quem é o Carlos Mesquita de hoje. Só tenho a agradecer a todos os meus eleitores. Tenho nada a reclamar”, disse. Em 2016, ele teve 8.042 votos e não se reelegeu.
A situação não se repetia desde 1988, quando, ainda pelo PDC, ficou na suplência. Desde então, o vereador foi líder fiel do prefeito Juraci Magalhães por seis anos, presidente da Câmara e opositor “cão de briga” na primeira gestão Luizianne Lins (PT).
Os mandatos não foram livres de polêmicas. Representante de interesses de construtoras, comprou brigas com ambientalistas, sobretudo João Alfredo (Psol) – a quem já chamou de “otário” e mandou “ir se lascar” em plena sessão. Opositor que fez denúncias ferrenhas contra festas de réveillon de Luizianne, trocou de lado e acabou na base da petista no 2º mandato.
Rapaz, qual o legado dessa criatura???