Pastor e militar, o deputado federal Pastor Isidório (Avante) se ofereceu para ocupar a função de interlocutor da Câmara dos Deputados com o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O argumento do deputado chamou atenção e provocou risadas do colegas de Casa. “Vim da Bahia, sou conhecido como doido. E pra conversar com doido, só outro doido”, justificou.

Ex-deputado estadual, Pastor Isidório é conhecido nacionalmente por declarações polêmicas quando ocupou as tribunas da Assembleia Legislativa. Nas últimas eleições, tentou vaga na Câmara e foi o mais bem votado da Bahia.

A fala do deputado foi divulgado pela parlamentar Sâmia Bomfim (Psol), confira:



A declaração do parlamentar foi dada em meio às discussões sobre o decreto de mudança na legislação das armas, assinado pelo presidente. O pastor, que inclusive portava uma Bíblia na hora do pronunciamento, é contrário à decisão do chefe do Executivo nacional.

No último dia 9 de maio, o deputado já havia promovido um ato contra as mudanças propostas pelo presidente. Deitado no chão, com roupas manchadas, simulando sangue, e portando uma arma, ele questionou a decisão do Governo Federal. “Derramar sangue, é isso que o governo quer?”, perguntava em um dos cartazes que levou.

Mudanças

Editado por Bolsonaro no início do mês, o decreto facilita o porte de arma para agentes de trânsito, conselheiros tutelares, caminhoneiros e políticos. O texto também altera as regras para o número de cartuchos que podem ser comprados por ano. Antes, eram 50, com o decreto. Agora, o número pode chegar a mil, em caso de armas de uso restrito, e 5 mil para aquelas de uso permitido.

Outra mudança que tem causado insatisfação em setores políticos é a que orienta sobre a medição do poder de fogo liberado no momento do disparo. Até então, o limite para armas a serem adquiridas era de 407 joules. O decreto aumenta para 1.620 joules. A alteração torna possível, por exemplo, que um brasileiro possa comprar até o fuzil T4.

Nesta quarta-feira, 22, o Governo Federal publicou novo decreto alterando as regras do último. Entre as alterações está o veto ao porte de armas de fuzis, carabinas ou espingardas para cidadãos comuns.

 

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