
(Fernando Frazão/Agência Brasil)
A Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) negou que tenha custeado entradas para o procurador da República Deltan Dallagnol no parque aquático Beach Park, no Estado.
Por meio de assessoria, a entidade informou que o contrato assinado em 2017 com o coordenador da Lava Jato no MPF previa R$ 30 mil por sua palestra e gastos com passagem aérea.
A Fiec não soube dizer se Dallagnol viajou com a família.
Coluna da Monica Bergamo nesta terça-feira mostrou que o procurador condicionou realização da palestra sobre combate à corrupção ao pagamento de passagem, hospedagem e entradas no parque aquático.
“Posso pegar 20/7 e condicionar ao pagamento de hotel e de passagens pra todos nós”, teria dito Dallagnol à esposa.
Ingressos para quatro pessoas por apenas um dia no parque custariam em torno de R$ 900.
O diálogo faz parte de novas mensagens reveladas pela “Folha de S. Paulo” em parceria com o site The Intercept Brasil.
Desde o dia 9 de junho, as reportagens expõem colaboração irregular entre o ex-juiz Sergio Moro e a força-tarefa de Curitiba.
Moro e Dallagnol negam a autenticidade dos diálogos.