Em sabatina na rádio O POVO CBN, o candidato do Pros a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner, disse que irá adquirir a vacina contra a Covid-19 caso ela passe em todos os testes e seja aprovada.

“Devidamente aprovada a vacina, comprovada a eficiência dela, é obrigação do gestor do Município, do Estado e da União buscar essa vacina, até para que a gente possa ter o restabelecimento da atividade econômica no País.”

Postura no combate à pandemia

A posição destoa da postura do presidente Jair Bolsonaro, que apoia Wagner e tem bastante rejeição em Fortaleza. Não foi a única divergência do candidato em relação a Bolsonaro:

“Muitas decisões que têm sido tomadas têm sido levadas para o ambiente ideológico, o debate político em vez de o ambiente científico. Vou pautar todas as minhas decisões, logicamente, nos argumentos técnicos e científicos que a equipe vai estar nos fornecendo”, afirmou Wagner. E completou: “A gente pode muito bem buscar essas ideias da iniciativa privada para colocar em prática tb no setor público. A gente viu que os principais planos de saúde aqui do Ceará adotaram medidas e protocolos que evitaram que a gente tivesse, por exemplo, numa Unimed, num Hapvida ou em qualquer outro sistema de plano de saúde privado, problemas que não fossem administrados.”

O candidato disse ainda: “Polemizar, acho que bater boca, levar para o debate ideológico essa questão da pandemia não é o caminho mais adequado. Meu modelo vai ser baseado nos meus técnicos, na minha seleção, na minha equipe que vai estar sempre me orientando, não pautado nas decisões tomadas pelo presidente, nem pelo governador, nem pelo atual prefeito. E sempre pautado nesses técnicos que vão estar nos assessorando”. Questionado pelo jornalista Carlos Holanda se essa crítica inclui a postura do presidente da República, Wagner disse: “A crítica não é a pessoas, é a posicionamentos. E seja quem for que adote esse tipo de posicionamento eu acho que não é o caminho adequado para se sanar esse problema ou qualquer outro da administração pública. Sendo muito objetivo, qualquer que seja a pessoa pública que adota esse tipo de postura, eu acho que não está encontrando o caminho mais adequado para discutir os problemas e encontrar soluções.”

Reforma da previdência

Ele ainda comentou outra divergência em relação ao presidente, no voto contra a reforma da Previdência. “Foi justamente meu posicionamento a nível federal quando a proposta do Governo Federal chegou ao Congresso. Como deputado federal, sempre disse nos meus discursos que o ajuste era necessário e urgente. O que não poderia ocorrer era justamente a punição dos menos favorecidos. Quando foi aprovado na Câmara, a proposta ainda não tinha sido adequada a acabar com essas injustiças que puniriam pessoas menos favorecidas.”

Wagner considera que no Senado o projeto foi melhorado. E acredita que a Prefeitura de Fortaleza terá de fazer sua reforma. “Não feito por parte do atual gestor, qualquer que seja o prefeito que assuma a partir do próximo ano tem obrigação de fazer isso. E não adiante dizer que não vai fazer, porque é necessário e é urgente. Agora, tem de ser feito com diálogo. Tem de ser feito discutindo com a população.”

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Érico Firmo

Colunista de Política e editor do O POVO

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