Um dos integrantes da coordenação da campanha de Capitão Wagner (Pros) à Prefeitura de Fortaleza, o executivo Geraldo Luciano disse na manhã desta quarta-feira, 18, que “tem muita gente boa querendo ajudar esse projeto”, mas, “infelizmente, neste momento”, está com “medo de retaliação do grupo dominante”.

Membro do Novo e pré-candidato ao Paço, antes de desistir da disputa e depois apoiar Wagner, Luciano contou, em entrevista coletiva, que tem procurado apoios à candidatura do representante do Pros.

“A gente liga para as pessoas e diz: ‘fulano, estou precisando de você para fazer um trabalho’. ‘Rapaz, eu faço, mas, pelo amor de Deus, meu nome não pode aparecer porque, se aparecer, vou sofrer algum tipo de retaliação, eu vou me prejudicar’”, narrou o empresário.

GL acrescentou: “Muita gente está querendo ajudar, estou surpreso com a quantidade de pessoas que estão se colocando à disposição, mas a única coisa que pedem, por enquanto, é anonimato”.

No encontro, Geraldo Luciano declarou ainda que foi convidado a participar de governos no Ceará nas últimas décadas, mas nunca se sentiu à vontade.

“Nesses últimos 20 anos, eu tive convite de todos os governos para dar uma contribuição ao estado”, disse. “De todos os governadores em todos os mandatos, fui sondado ou convidado para participar de projetos políticos, mas digo que nunca me animei a participar, nunca achei que aquele momento seria adequado.”

Também falou que, no começo deste ano, conversou com um amigo sobre “possibilidades de projetos políticos” em Fortaleza, quando lhe perguntou sobre quem seria o candidato do governismo em Fortaleza.

“Ele olha pra mim e diz: ‘o Ciro quer o Sarto’. E quem você acha que vai ser o candidato? ‘Claro que vai ser o Sarto’”, respondeu.

O empresário concluiu: “Se dependesse do Roberto Cláudio, o candidato não era o Sarto, se dependesse de Camilo, não era o Sarto”.

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Henrique Araújo

Jornalista do Núcleo de Política do O POVO

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