Segundo pesquisa de dezembro de 2017, 62,2% de famílias estão inadimplentes, mesmo número marcado no último mês de novembro

Divulgada na primeira semana deste mês, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de  Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que, após cinco altas, a taxa de inadimplência foi estabilizada nos dois últimos meses de 2017. Entretanto, o número é 3,2% maior que dezembro de 2016, quando marcou 59%. Além disso, 9,7% dos entrevistados declararam não ter condições de pagar as dívidas. A taxa foi menor que a de novembro (10,1%).

Entre os endividados, 14,1% declararam estar muito nessa situação. A taxa foi a mesma de dezembro de 2016 e um pouco menor que a de novembro desse mesmo ano (14,6%). O estudo apontou ainda que o tempo médio de atraso foi de 64,3 dias, também maior que o mês de dezembro de 2016 (63,8).

Economista da CNC, Marianne Hanson aponta o desemprego como uma das razões para, apesar da estabilidade, o número ser alto. “A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo em relação à capacidade de pagamento”, afirma Marianne Hanson, economista da CNC.

Outro dado marcado pela Peic é o tipo de dívida. Com total de 76,7% das famílias entrevistadas, o cartão de crédito apareceu como principal item apontado.  Em segundo lugar, carnês (17,5%), seguidos por financiamento de carro (10,9%) e crédito pessoal (10,6%).

 

Peic
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) acontece mensalmente desde 2010 e já apurou informações junto a 18 mil consumidores das capitais e do Distrito Federal.  No estudo é calculado o percentual de consumidores endividados, de consumidores com contas em atraso e de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas, além de tempo de endividamento e nível de comprometimento da renda. O objetivo é traçar um perfil do endividamento, permitindo o acompanhamento do nível de comprometimento do consumidor com dívidas e a percepção em relação à capacidade de pagamento.

 

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