Mais que uma loja, a proposta da Rima Rica é de ser também um local para conviver e compartilhar, saudando o melhor da cultura fortalezense (Foto: Divulgação)
Nascida para exaltar a Terra do Sol, a Rima Rica é um exemplo de como as marcas locais vêm trabalhando para elevar a economia cearense
“À medida em que o riacho irregular do comércio se transformava em corrente caudalosa, todo pequeno broto da vida comercial, agrícola e industrial recebia sustento e florescia”, assim o escritor Leo Huberman começa um capítulo para contar como o surgimento do comércio foi fundamental para que as cidades, como as conhecemos, aparecessem. Assim, a figura do comerciante, homenageada no dia 16 de julho, tem uma relação fundamental com a vida urbana, seja através da história ou do cotidiano, em que essa atividade é responsável pela maior parte do PIB cearense.
Mas, assim como o comércio moldou as cidades, as cidades também ajudam a moldar o comércio. E essa ideia é fundamental para a história que vamos contar hoje, em homenagem ao Dia do Comerciante, a de uma marca da Terra do Sol, de Fortaleza. A ideia de três jovens cearenses de criar uma loja que trouxesse aos consumidores não apenas roupas e acessórios, mas também música e obras de talentosos e promissores artistas da cidade foi o que deu origem à Rima Rica. A loja é também um local para ir e ficar, consumir, conviver e compartilhar, trazendo em sua essência o estilo de vida dos sócios, verdadeiros apaixonados pela cidade.
A Rima Rica produz camisas, T-shirts, calças, bermudas, biquínis, sungas, bonés, além de produtos como balance board e skates, dentre outros, feitos em parcerias com fornecedores locais, entre shappers, fábricas de roupa e acessórios, artistas gráficos e artesãos. No entanto, o diferencial está justamente na experiência que a loja proporciona às pessoas, entre encontros e vivências, ainda que atualmente, por conta da pandemia, ocorra de forma online, a partir da proposta de pensar e agir de uma forma mais simples, de olho nos novos hábitos e pensamentos.
LEIA MAIS | Restaurantes se organizam para voltar a funcionar na pandemia
“A Rima Rica surgiu da vontade de criar uma marca autoral com identidade forte, dentro de um espaço que leve para as pessoas algo que vai muito além do consumo tradicional. Você pode comprar uma roupa consumindo cultura, por exemplo. Arte, música, esporte, ocupação de espaço urbano, tudo isso, está no nosso DNA e nas experiências que proporcionamos”, explica o empresário Bruno Fontenele.
A loja começou a ser idealizada por Bruno, publicitário e surfista, ainda em 2011, mas só em 2015, com a entrada do também publicitário, Mário Nogueira, e Rui Porto, entre outros sócios e investidores, que o projeto começou a sair do papel. Além de viverem de fato o estilo de vida que define a marca, seus produtos e ambientes, Mário e Bruno utilizam suas expertises em publicidade, marketing e geração de conteúdo para potencializar ainda mais o alcance da Rima Rica.
E foi assim, além da publicidade boa a boca, que o público começou a aparecer. Localizada no cruzamento das ruas Tenente Benévolo e Carlos Vasconcelos, no bairro Meireles, a Rima Rica foi rapidamente despertando o interesse de fãs de moda, arte e esporte. A calçada da loja virou palco de apresentações musicais, o que fez com que mais pessoas fossem conhecendo e vivendo a experiência proposta pelos empresários.
“A nossa ideia passa diretamente pelo fomento à cultura como parte do estilo de vida das pessoas. Então, nada mais coerente do que realizar ações que promovam essa intenção. E é justamente seguindo essa linha que buscamos apoiar não apenas os artistas cearenses, mas também atletas, campeonatos de surf e projetos sociais”, destaca Mário Nogueira.
Rui Porto compartilha da mesma opinião. Para ele, os produtos de excelente qualidade, somado à qualidade do atendimento e do preço compatível com o mercado, são os principais fatores que levam as pessoas a procurarem a loja. Já Bruno Fontenele ressalta o que, para ele, é um dos principais diferenciais da Rima Rica “Trata-se de um ambiente leve, alegre, com boa música e excelentes experiências. É isso que queremos proporcionar, que as pessoas venham, se sintam à vontade, bem no clima de casa de praia, com cadeira na calçada e aquela falta de pretensão que faz bem”, diz.
Para enfrentar os desafios que surgiram no caminho, o segredo, para Bruno, Mário e Rui, é manter a fé no modelo que ambos acreditam, mesmo com todas as dificuldades relacionadas aos mais diversos fatores, do financeiro à cultura do consumo, passando ainda por crises políticas e econômicas. No momento, o espaço físico da Rima Rica segue fechado, mas funcionando a todo vapor por meio das redes sociais, inclusive com as apresentações musicais. Nesse sentido, a Rica Rica promoveu diversas lives com músicos e cantores da cidade, com destaque para Lídia Maria, David Ávila, Daniel Medina, Cid e Danilo Guilherme.
Os sócios acreditam, dentro da experiência vivida e adquirida com a Rima Rica até então, que, com a valorização da produção local, é possível também incentivar o crescimento da nossa economia e da nossa própria comunidade, no sentido mais amplo da palavra. Para os sócios, o sentimento de pertencimento é um motivador sem igual, tanto para quem faz quanto para quem consome.
