Senhoras idosas em roda, com blusas do Sesc; envelhecimento é tema de evento online

Este ano, a Semana Social do Envelhecimento acontece de 25 a 27 de novembro e traz como tema central os “Desafios do Envelhecer: Caminhos do Afetar, Conectar e Cuidar” (Foto: Viktor Braga)

Na programação da Semana Social do Envelhecimento, destaque para a palestra com a geriatra Karla Giacomin e o bate-papo com Dona Onete, a Rainha do Carimbó

Dona Onete foi professora de História durante 25 anos, Secretária de Cultura e fundadora de grupos de dança e música regional, no Pará. Mas somente aos 62 anos de idade começou a viver seu sonho e hoje é conhecida em todo o Brasil como a Rainha do Carimbó. Ao se destacar, dá início a uma nova fase na história do carimbó, gênero musical em que imperava a presença masculina, rompendo ainda o tabu sobre a vida sexual dos idosos ao abordar o tema da sedução em suas composições. Inspiradora, ela é a convidada do Sesc Ceará para encerrar a Semana Social do Envelhecimento de 2020. Realizado anualmente, esse ano o evento acontece de 25 a 27 de novembro e traz como tema central os “Desafios do Envelhecer: Caminhos do Afetar, Conectar e Cuidar”. Toda a programação é gratuita e virtual, com transmissão pelo YouTube do Sesc Ceará.

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“A proposta é falar da realidade da sociedade brasileira, de como percebemos a velhice e como fazemos os enfrentamentos aos preconceitos e mitos relacionados a ela, sobretudo no contexto de pandemia”, explica a supervisora da Assistência da Unidade Sesc Fortaleza, Thaís Castro. A Semana Social do Envelhecimento é realizada pelo Trabalho Social com Grupos para promover reflexões sobre aspectos relativos ao envelhecimento, através de palestras e oficinas destinadas aos longevos.

Dentro da programação, se destaca ainda a apresentação dos resultados da pesquisa desenvolvida pelo Sesc, mais especificamente pelo grupo de trabalho: Pesquisa, Articulação, Mobilização e Sustentabilidade, sobre o Impacto da Pandemia de Covid-19 em Pessoas Idosas no Município de Fortaleza. O estudo avalia o impacto da doença em pessoas idosas, a partir da taxa de óbitos, tendo em vista que mais da metade das pessoas que desenvolvem a forma grave e não resistiram à doença tinham pelo menos 60 anos.

A análise estatística correlacionou a taxa de óbito por Covid-19 em pessoas idosas a alguns aspectos sociais e econômicos, por exemplo: renda, IDH longevidade, IDH educação, domicílios sem energia elétrica, domicílios sem água encanada, entre outros. “Identificamos quantas pessoas a partir de 60 anos tiveram a causa da morte associada à Covid-19, em cada um dos 121 bairros do município de Fortaleza. Descobrimos então que, apesar do coronavírus infectar todas as pessoas, onde as condições sociais e econômicas são mais favoráveis os impactos da doença são menores”, adianta a supervisora.

Os resultados deste estudo vão ser apresentados durante a Semana Social do Envelhecimento. “Além disso, nós vamos conversar sobre as estratégias que podemos construir para lidar com as questões que surgiram ou que se agravaram durante a pandemia”, conclui Thaís.

Confira a programação completa no site do Sesc Ceará.