Ou o Cristo “é” ou “não é”. Ou é o Verbo encarnado que falou de si mesmo, ou não é. […] Vale a pena pensar nisto com toda a atenção porque é perfeitamente possível […] que o Cristo seja o Cristo. […] Convencer, eu não posso. Como poderia eu convencer alguém que resiste a Deus? Posso entretanto fazer […] um convite ao desespero. […] Ou Deus é ou não é. E se não é, acabou-se; que não seja. […] Ali está o caminho que não é a Verdade e a Vida: entremos. […] Nada adianta. Nem ser bom, nem ter caráter, nem ter vergonha, nem ter sentimentos. […] Ou o Cristo ressuscitou ou não; e se não ressuscitou, nós somos as mais desgraçadas criaturas porque perdemos a última aposta.

Gustavo Corção

[Corção, Gustavo. A Descoberta do Outro, págs. 109-111. Citado em: Braga, Marta. Lições de Gustavo Corção. – São Paulo: Quadrante, 2010, p. 56. – (Coleção Vértice; 71)]

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Vasco Arruda

Psicólogo, professor de História das Religiões e Psicologia da Religião.

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