Texto por Arthur Jacob, da Casa Azul. Arthur é cearense com um pezinho no Piauí, jiu-jitsu e música são sua forma preferida de fugir da realidade. Cursa engenharia de produção e participou ativamente do movimento empresa júnior.

 

O que você está buscando para sua startup agora? Qual seu real objetivo? Aumentar volume de vendas? Garantir um fluxo de caixa recorrente? Expandir operação para outra região? Tudo isso ao mesmo tempo? Beleza, mas como você está se organizando pra executar tudo isso?

Se você acompanha os textos do blog da Casa Azul você já sabe que, segundo o Eric Ries, “Startup é uma instituição humana criada para entregar um novo produto ou serviço em condições de extrema incerteza” (se você não sabe do que eu tô falando, corre pra ler esse texto aqui), mas não é por que as condições são incertas que você deve seguir sem um plano.

Tá, já sei que preciso de um plano, mas como fazer isso sem ser algo muito robusto e burocrático?

Relaxa, o que vamos falar hoje é justamente pra tornar o exercício do planejamento estratégico mais dinâmico e assertivo, adaptado a realidade das startups. Então, bora lá? Você já ouviu falar de must-win battles (ou batalhas que sua startup deve ganhar)? Essa metodologia resume o processo de planejamento estratégico em definir um conjunto de batalhas, objetivos, que sua startup deve perseguir. Esse conjunto varia de três a cinco batalhas e devem mostrar os caminhos que a organização deve trilhar para alcançar o sucesso.

Antes de falar mais sobre as batalhas, é importante destacar três pontos fundamentais para o bom desempenho com essa metodologia, e são eles:

  1. Bom entendimento de estratégia para saber definir as batalhas corretas (saiba mais sobre isso aqui, e aqui);
  2. Ter um time com capacidade para ganhar as batalhas (sobre isso aqui);
  3. E ter lideres para coordenar a execução do plano (e sobre esse aqui).

Dito isso, vamos aprofundar nas batalhas, que devem seguir alguns critérios.

 

Pra começar, procure por impacto; uma boa batalha quando concluída deve causar impacto tanto no seu produto como no mercado em que está inserido. Foque em batalhas externas; aqui o objetivo é gerar valor, ok que mudanças internas são importantes (e necessárias) para conquistar as batalhas, mas o foco deve ser ganhar as batalhas de mercado. Lembre-se de ser especifico e tangível; não adianta nada definir uma batalha se você não sabe quando atingi-la, então é muito importante que elas sejam mensuráveis, aqui a dica é seguir a metodologia SMART. E, por fim, despertar empolgação na equipe; batalhas que não empolgam dificilmente geram empenho em quem deve executa-las, os desafios movem as pessoas.

Já deve ter ficado claro como construir as batalhas que sua startup deve ganhar, né? Pra concluir, aqui vão cinco perguntas que devem ser feitas na hora da construção:

 

  1. Essa batalha é relevante para atingirmos nosso propósito? O que aconteceria ela não fosse atingida?
  2. Como seria o sucesso dessa batalha daqui a um ano? Dois? Três? E como mensuramos isso?
  3. Essa batalha é atingível com as competências que temos agora? E temos tempo para desenvolver novas habilidades importantes para atingi-la?
  4. Quais os riscos e impedimentos teremos que enfrentar? E se não conquistarmos essa batalha?
  5. Quais são os principais stakeholders que influenciam essa batalha? Qual a intenção de cada um deles?

Então, galera, a ideia é simples, tenha objetivos claros e alcance um a um, sem querer “abraçar o mundo com as pernas”, sabendo onde quer chegar, e tendo em mente que toda escolha é uma renúncia. Como empreendedor, você será desafiado constantemente e bombardeado com informações e novas oportunidades. Entretanto, se você não tiver foco e destinar esforços necessários para atingir o que realmente é relevante pra sua organização, não conseguirá chegar onde você e sua equipe almejam.

P.S.: Aproveitem pra dar uma olhada nas referências que eu mencionei aqui no texto, todas valem a pena ler!

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