Foto: divulgação

Foi rápido e de repente, como quase tudo na internet, que Ana Vilela ganhou o mundo. Começou com uma brincadeira, sem grandes pretensões, um áudio mandado para um grupo de amigos, um vídeo postado no canal do youtube. De compartilhamento em compartilhamento, a música Trem Bala foi se espalhando e a jovem compositora paranaense viralizou. Agora, quase um ano após o boom do hit, a cantora lança sua segunda música, a inédita Promete, pelo selo Slap, e segue a mesma linha da anterior. E comemora o sucesso, o carinho dos fãs e a nova fase de sua vida.

Aos 19 anos, Ana Vilela já é uma das brasileiras mais ouvidas do Spotify. A jovem lecionava música para crianças quando compôs Trem Bala. A canção tem uma mensagem forte sobre a brevidade da vida e casa com a voz suave de Ana. Após cair na internet – e bater mais de 100 milhões de visualizações no YouTube – Trem Bala chamou a atenção de Gisele Bündchen e do cantor Luan Santana. A uber model gravou uma versão da música e publicou na sua conta pessoal no instagram. Depois disso, Trem Bala foi ainda mais compartilhada e virou tema de campanha publicitária e entrou na trilha sonora da novela Malhação.

https://youtu.be/h11CyigCMRw

Em uma conversa com o DISCOGRAFIAAna falou um pouco sobre sua relação com a música, o que a inspira, sobre o presente e planos para o futuro. Confira!

DISCOGRAFIA – Há quanto tempo você tem um relacionamento com a música?
Ana – Desde sempre! Quando pequena a minha tia cantava Leãozinho para mim (por conta do meu cabelo cacheado, risos), isso deu meu primeiro passo pelo gosto por MPB… Entre outros sons que cresci escutando, como moda de viola por conta do meu avô, gostava muito de High School Musical (musical americano lançando pela Disney Channel em 2006) quando nova também (risos). Acho que em várias partes da minha vida posso dizer que a música esteve presente!

DISCOGRAFIA – E você se dedica exclusivamente a ela?
Ana – Sim, hoje a música é meu ganha pão e eu tenho me dedicado inteiramente à isso e à minha carreira como cantora e compositora.

DISCOGRAFIA – Qual foi a sua maior inspiração para começar?
Ana – Acho que desde cedo eu tinha vontade de viver disso, de partir pra cima. Não me lembro de um momento ou de um motivo pra começar exato, sabe? Só aconteceu…

DISCOGRAFIA – E quando você começou a compor?
Ana – Eu sempre gostei de escrever, e aí ganhei com 12 anos o meu primeiro violão e comecei a compor a partir daí!

DISCOGRAFIA – Quais artistas você tem como inspiração?
Ana – Gosto muito da galera das antigas, Legião Urbana, Cazuza, Elis… E da nova cena do MPB me inspiro muito em Maria Gadú, Tiago Iorc… A lista é grande (risos).

DISCOGRAFIA – E como foi ver o seu trabalho ganhar o mundo?
Ana – Cara, é louco! Sempre sonhei em trabalhar com música, mas é difícil imaginar algo como o que aconteceu se concretizando, sabe? Sou muito grata por tudo e espero ter a oportunidade de mostrar muito trabalho ainda!

DISCOGRAFIA – Qual a história da música Trem Bala?
Ana – Eu sempre digo que Trem bala é a resposta de muitas coisas, sentimentos, coisas que estava passando… Foi composta em um dia que me aconselharam a ficar longe do celular, junto com uma conversa com o meu avô sobre a vida, relacionamentos.. Peguei o violão e nasceu assim, do jeitinho que está! (risos)

DISCOGRAFIA – No seu canal do youtube tem apenas nove vídeos. Porém você tem mais de 100 mil seguidores. Como você encara essa relação com as mídias sociais? Você é uma usuária ativa?
Ana – Eu amo assistir vídeos, sigo vários canais, vivo sempre na internet, não dá pra mentir! hahahah Uso bastante facebook, twitter, insta.. Então sim, sou uma usuária ativa!

DISCOGRAFIA – Como foi descobrir que a Gisele tinha cantado a tua música? O que você sentiu? Já tinha sonhado com isso?
Ana – Cara, foi uma experiência maravilhosa! A Gisele é maravilhosa, né? (risos). Todo o contexto, a paisagem, o fato de ela nunca ter feito algo do tipo! É muito legal saber que Trem bala a atingiu de alguma forma que precisava compartilhar de algum jeito com os outros!

DISCOGRAFIA – E a sua nova música, qual a história dela?
Ana – Promete é para um menininho muito especial, filho do meu sócio! Tem uma foto de quando ele nasceu com os nossos dedinhos entrelaçados, (como quando vamos jurar algo). Tenho um amor gigantesco por ele, e com essa rotina sempre na estrada, a saudade acaba fazendo poesia… hahaha

DISCOGRAFIA – E quais os planos para o futuro? Você pretende lançar seu trabalho em mídia física?
Ana – Sim! Tem muita coisa boa vindo por aí! O álbum está demorando um pouquinho, mas é por que está sendo produzido com MUITO carinho e cuidado em cada pedaço! Procuramos deixar ele de uma maneira ainda não vista no Brasil! Tá ficando lindo! E logo tem surpresa por aí!

DISCOGRAFIA – E se você tivesse que deixar um conselho para alguém que tá escrevendo ou compondo e não tem coragem de jogar o trabalho no mundo. Qual seria?
Ana – Acho que o clichê, porém sempre válido: não desistam! O nosso sonho é uma das únicas coisas que podemos controlar por inteiro! Corram atrás, escrevam muito, é absurdamente gratificante ver algo saindo do papel.

About the Author

Mariana Amorim

Jornalista, apaixonada por comunicação e envolvida com música! Acha que uma bela canção pode mudar o mundo. Coleciona livros, discos de vinil, imãs de geladeira e blocos de anotação. Apaixonada pelos garotos de Liverpool e pelo rapaz latino-americano.

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