O Brasil ainda não possui um sistema para ouvir com dignidade crianças e adolescentes vítimas de crimes sexuais. Elas precisam contar o fato para oito autoridades diferentes, em média, como conselheiros tutelares, policiais e juízes.
Isso ocasiona um processo chamado revitimização, como se a criança revivesse o drama a cada nova declaração. O chamado depoimento sem dano é realidade somente em 20 comarcas no país. Nesta semana, a questão será tema de um encontro organizado pelo Conselho Nacional de Justiça em lembrança do dia 18 de maio, data de combate ao abuso e à exploração sexual comercial.
É importante articular a rede de proteção porque, como o relato é muito doloroso para as vítimas, muitas preferem não levar a denúncia adiante, o que acaba gerando a impunidade dos agressores.
Fonte: Gazeta do Povo (PR)