No dia 16 deste mês escrevi aqui o texto “Dois meses depois, Fortaleza descobriu que não deveria ter feito reformulação total no elenco“. Nele, me referia ao arrependimento de boa parte das pessoas que hoje fazem o clube da reformulação radical que foi realizada para 2017. Um arrependimento evidente diante das decisões que têm sido tomadas recentemente. O então diretor de futebol, Marcelo Paz, não tinha retornado, mas no texto abordei que a negociação estava em curso, mais uma entre tantas constatações que buscar os acertos do passado foi o caminho escolhido para se recuperar do ruim início da temporada.

Nesta segunda-feira, quatro dias depois, Marcelo foi reapresentado e já trabalhou no acerto com Ronny. Novamente será o responsável pelo elenco e futura reformulação que terá que ocorrer de qualquer maneira. A decisão é correta. O dirigente, entre acertos e equívocos, conhece muito de futebol e do mercado. Não foi bicampeão cearense por acaso e montou times capazes de subir para a Série B tanto em 2015 como em 2016. O fracasso nos jogos finais do mata-mata contra Brasil-RS e Juventude não devem ser único parâmetro para avaliação do trabalho, sob pena de se perpetuar uma injustiça.

Ao lado de Marquinhos Santos e da equipe de avaliação, Marcelo Paz tem um desafio relevante com o bonde andando e não mais construindo um elenco do zero. Ela já olha as opções para a Série C e como o estadual já não permite mais contratações, o objetivo é liberar alguns jogadores e contratar novos para o Campeonato Brasileiro, que começa em maio. O futebol paulista será fonte de buscas importantes. A missão é deixar o time mais técnico, próximo do padrão do ano passado, como também quer o técnico.

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Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

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