Ilustração: Carlos Campus, O POVO

Nada de zebras, surpresas ou sustos. Ontem, nas primeiras partidas das semifinais do Campeonato Cearense, Ceará e Fortaleza mostraram porque são favoritos nos confrontos diante de Uniclinic e Floresta, respectivamente. Ambos abriram vantagens relevantes e apenas uma surpresa de proporções estratosféricas não coloca os rivais mais uma vez na final – algo que não ocorre desde 2015 – mantendo a tradição desde 1996, quando um ou outro é campeão estadual, sem dar espaço para qualquer intruso.

No estádio Presidente Vargas, o Alvinegro fez 6 a 0 no Uniclinic. Em que pese seus jogadores pregarem respeito ao adversário e não se considerarem já na final do torneio, não há outro caminho possível diante da necessidade da Águia da Precabura ganhar por sete gols de diferença ou por seis gols e levar a decisão por pênaltis. “Demos um grande passo para a decisão, mas temos que respeitar o adversário como fizemos hoje, jogando para frente, até porque nada melhor do que mostrar respeito ao adversário atuando ofensivamente. No futebol a gente já viu muita coisa então o respeito é fundamental”, avaliou o meio-campista Juninho, autor do primeiro tento. O atacante Arthur foi na mesma linha de pensamento. Autor de dois gols na goleada – agora ele tem 12 na temporada – o jogador elogiou o aproveitamento do Ceará. “Fomos letais nas chances que tivemos. Sobre o outro jogo da semifinal, temos que respeitar. Eles gostam de bola, vão estar motivamos, vão dar trabalho sim”, avaliou.

Na Arena Castelão o Fortaleza precisou de 23 segundos do primeiro tempo para abrir o placar contra o Floresta. O gol de Gustavo não fez a equipe recuar e como gosta Rogério Ceni, a equipe seguiu atuando de forma ofensiva, mas apesar de ter aberto 2 a 0 no placar, desperdiçou uma série de oportunidades, especialmente com Osvaldo e Edinho. Coube mais uma vez ao iluminado Gustavo marcar o terceiro gol e garantir o marcador em 3 a 1, podendo agora o Tricolor até perder por um gol de diferença para avançar até a finalíssima, um cenário muito confortável, mas que não anima muito o artilheiro do Brasil com 15 gols. “Não tem nada definido. No jogo da volta temos que estar concentrados para não errar. Temos que colocar a bola no chão, envolver a equipe deles e evitar tomar um gol logo de cara”, alertou Gustagol. Já Bruno Ocara, destaque do Floresta, não desanimou. “Dá pra buscar esse resultado sim, não tem nada perdido, vamos trabalhar durante a semana até porque já mostramos neste torneio que temos condições”, sentenciou.

Fortaleza e Floresta voltam a se encontrar no domingo que vem, 01 de abril, às 16 horas, no Domingão, em Horizonte. No mesmo dia, às 19 horas, é a vez do reencontro entre Ceará e Uniclinic, na Arena Castelão. Destes jogos saem os finalistas

About the Author

Fernando Graziani

Fernando Graziani é jornalista. Cobriu três Copas do Mundo, Copa das Confederações, duas Olimpíadas e mais centenas de campeonatos. No Blog, privilegia análise do futebol cearense e nordestino.

View All Articles