A criação do dia dos pais no Brasil partiu de uma ideia publicitária do profisisonal Sylvio Bhering, em 1953. Em outros países como nos Estados Unidos o surgimento da data teve cunho mais celebrativo, muito embora hoje tudo tenha se massificado e o grande filão seja o aquecimento das vendas no comércio.

Entre as datas comemorativas o dia dos pais encontra-se em quarto lugar no desempenho de vendas perdendo, inclusive, para o dia dos namorados. O motivo é de se presumir. A  figura paterna tem sua identidade cada vez mais empalidecida.

A mudança de uma sociedade patriarcal para uma filiarcal enquadrou num conceito negativo a pessoa do chefe familiar. A liberdade enfim chegou para os filhos, pensam. O pai já não é mais o centro da estrutura familiar, sendo considerado não poucas vezes como uma figura dispensável. Exemplo disso é a cultura dos filhos in vitro. Nela o pai mais não passa de um mal necessário.

O feminismo exarcebado também exerce sua influência negativa. É muito comum, pode-se perceber nos programas de TV e animações , uma super valorização da mulher em detrimento ao homem. O desenho The Simpsons é um exemplo clássico. Homer Simpson o pai da família não passa de um bobão atrapalhado, a filha mais nova, um bebê é apresentada  mais arguta em relação ao pai.

Uma mentira disseminada é a de que os pais amam menos seus filhos do que as mães. Essa proposição repassada sem uma análise mais acurada é furada. Ora, os pais amam seus filhos tanto quanto as mães, o fato é que a forma de manifestar esse amor é diferente, pois diferentes são as formas de homem e mulher demonstrarem seus afetos. Outro dado é que por motivos óbvios as mães possuem uma maior ligação com os filhos.

Deste modo o dia dos pais  é um oportunidade para se resgatar a imagem desgastada dessa figura cujo enfraquecimento é um perigo fatal para a estrutura familiar e de toda sociedade.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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