Maior ainda foi o espanto de descobrir que existia vida além de Roca.
Aparentemente vencido por Artenísio, o insidioso, Luz foi deportado ao vale das lágrimas. Um lugar cortado por regatos e habitado de um silêncio sepulcral. Ouvia-se apenas o barulho das águas e uma onomatopéia de soluços produzidos nas pequenas montanhas. Não existia dia ou noite, a escuridão era iminente. O clima frio e nebuloso envolvia o moço.
Ao sair, uma das primeiras vezes aos arredores de Roca, a cidade que parecia o paraíso perfeito, Luz encontrou Tchiane, uma circense, na opinião dos moradores de Roca, uma infeliz. Tchiane gostava de agradar, ao jovem Luz deu-lhe uma bola, uma folha de ibiguana e um gato, presentes de sua raça.
Luz suspirava noite e noites lembrando-se de Roca. A imagem da terra que idealizara desfazia-se como a fumaça ao vento. Com a alma marcada pelo sofrimento o jovem sabia que tinha muito o que aprender. Uma das coisas era descobrir que perfeição não existia em Roca. Aliás, isso ele sabia, só não considerava a verdade.
(…)
hãn!?