Diante de tragédias como a acontecida em Angra dos Reis (RJ), no início do ano, poderíamos nos perguntar, onde está Deus? A mesma formulação nos vem quando terremotos, enchentes, tornados destroem cidades, ceifam milhares de vidas.

A dor da perda é grande e perante jovens e pais de famílias expropriados de sua existência a pergunta parece pertinente. Contudo, a verdade de que Deus é amor não nos deve abandonar. Condenar Deus pelos males que acontecem a nós ou vitimam centenas de pessoas não é a melhor saída.

Criados por Deus, Dele só podemos receber amor, pois esta é sua essência. Não se trata de inocentar Deus haja visto ele não precisar de paráclito algum que o defenda, pois é justo e sempre, santo.

Em Angra, por exemplo, é tema muito discutido as construções naquelas áreas, ao pé dos morros. Pena que somente depois de tragédias desse porte é que começam as desapropriações, as medidas de segurança. Após a natureza reagir à  saga de destruição do homem nos apavoramos porque vemos se voltar contra nós uma força muito grande e impiedosa.

Tudo que acontece deixa uma lição, nos ensina algo. A dor, a saudade, a perda, a destruição arrasa nossas lembranças, sobretudo dos que se envolveram diretamente na tragédia, os que perderam seus entes em período tão especial de festa, de regozijo. Por eles nossas orações.

Muitos testemunham o milagre de terem livrado-se da morte e outros encontram em meio a dor apoio e refúgio em Deus e compreendem que Este não é um carrasco e sim, um Pai de amor.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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