Há uma máxima que diz: “Na TV nada se cria, tudo se copia”. A Rede Record leva a proposição a sério e a tem como pano de fundo no seu desejo de se tornar uma TV de primeira. A emissora pertecente ao líder evangélico Edir Macedo relega a programação religiosa à madrugada enquanto investe cifras altíssimas em conteúdo profano sem perder em nada na divulgação de contra valores das demais.
No jornalismo a Record contratou nomes tarimbados, ex-Rede Globo. Quem assiste o jornal da Record pode confundir-se num primiero momento que esteja na emissora errada. Tudo é copiado. O formato das matérias, o estúdio com a redação ao fundo. Até a logomarca lembra a concorrente.
Programas como o Globo Repórter, Fantástico, Esporte Espetacular tem seu cover na TV do Macedo. São eles respectivamente Repórter Record, Domingo Espetacular e Esporte Fantástico. Na teledramaturgia o fenômeno da ‘copiação’ é bem nítido. As cenas de nudez, violência e traição não permite ao telespectador entender que esteja sintonizado numa emissora de donos evangélicos.
A sonhada imparcialidade jornalística não passa idealização na Rede Record. Prova disso são quando a emissora faz reportagens sobre suas arqui-inimigas, a Rede Globo e a igreja católica. Qualquer um em sã consciência pode perfeitamente tirar suas conclusões ao comparar uma reportagem sobre o assnto entre uma matéria da Record e de uma outra emissora. Temos assim um deserviço da concessão pública Record.
Mas quando o assunto é pedofilia o departamento de jornalismo da Record é incapaz de estabelecer relação com o mesmo crime que acontece em outros setores da sociedade, inclusive, em denominações evangélicas. Acredito que não se precise explicar o porquê dessa decisão editorial. O objetivo é claro, evidenciar os defeitos da Igreja Católica para ver se aumenta o número de contribuintes nos bancos da Universal.