A ideologia mundana aos poucos sedimenta conceitos que antes eram obsoletos o que não atesta,contudo, sua legitimidade. Na sexualidade uma grande confusão se instaurou. Nascer homem ou mulher não significa praticamente nada para quem está sob a égide do relativismo prático.

A ideologia do gênero diz que se escolhe ser homem ou mulher independente do sexo nascido. As mídias em massa apregoam pelo método da saturação a ideia a ponto de hoje ser considerado muito normal um homem manter um relacionamento com um outro, inclusive, com prole adquirida via reprodução assistida, barriga de aluguel, etc.

O tema da vez a ser emplacado pela  nociva ideologia do gênero é o transsexualismo. Ou seja, o homem ou a mulher que se mutilam para transformarem-se no sexo oposto.

No reality show Big Brother Brasil um dos participantes era um homem que já havio feito a tal cirurgia – chamada erroneamente – de mudança de sexo. Tudo programado. Entretanto a façanha do diretor do programa em forjar um romance  homoerótico findou graças a intervenção do público que mostrou mais uma vez não coadunar com tal mentalidade.

Como não poderia deixar de ser a revista eletrônica semanal Fantástico abordou a temática. Apresentou os homens que tinham feito a mutilação, todos muito felizes. Aliás, sempre essa minoria é apresentada pela emissora, seja no jornalismo, seja na teledramaturgia, como as pessoas mais felizes do mundo ao contrário dos casais héteros, por exemplo.

Pois bem chamou-me a atenção a declaração de um dos mutilados. Repetia ele as palavras do juiz  ao lhe conferir o documento de identidade como mulher, mais ou menos assim: A procriação é o que difere a mulher do homem basicamente, mas há mulheres que embora possuindo o aparelho reprodutor não concebam, nem por isto deixam de ser  mulher, por isso, ele (a pessoa mutilada) podia de fato ser considerada uma mulher, pois não possuindo os órgãos genitais masculinos e tendo os femininos se assemelhava às mulheres que não podiam dar à luz.

Ora, o tal argumento do doutor pode ser refutado pela via da contradição. Da mesma forma que uma pessoa nascida mulher não o deixa de ser ao lhe ser retirado um útero, por exemplo, um homem nunca deixará de ser homem pelo fato deste cortar sua genitália.

Contudo, resta saber o que virá depois da transsexualidade se continuarmos nesse caminho tortuoso?

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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