O personagem principal da Páscoa, Jesus Cristo, foi substituído por um animal, o coelho. O roedor é reverenciado por todos, vira mascote nas peças publicitárias, segura ovos gigantes de chocolate. Lastimável! O maior ato de amor feito pela humanidade é relegado a algumas notas.
Trocar o essencial pelo supérfluo, o protagonista pelo coadjuvante, a pessoa pelo animal é uma prática recorrente em nossos dias. O resultado é a vivência superficial da realidade e a contante troca da parte pelo todo.
Portanto, o coelho da páscoa como hoje é apresentado não passa de um monstro criado pela publicidade e alimentado pela ganância do consumismo. Mais uma vez, Cristo morre. Assim como em seu tempo o povo erra na escolha. Os gritos que aclamaram Barrabás hoje enaltecem o coelho, ambos ladinos, pois surrupiam a liberdade de quem deveria ser o centro da Páscoa.