Rafael Bastos

A polêmica envolvendo propaganda sexista de marca de lingerie e  outra com o  humorista Rafinha Bastos tem abordagem periférica em algumas críticas.

Sobre o comercial da tal marca, a modelo Gisele Bunchen ensina como uma mulher deve dizer notícias desagradáveis ao esposo. A forma errada seria, por exemplo, dizer que estourou o limite do cartão de créditos vestida. Na peça publicitária Gisele fica apenas de calcinha e sutiã e dá a notícia ao suposto marido. Carimbos indicam que a primeira forma seria a errada e a segunda, correta.

Ao final o locutor fecha, “você é brasileira use seu charme”.

Diante do teor sexista da  propaganda que incentiva a mulher a comportar-se como objeto, a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Política para as Mulheres, assinou uma nota pedindo a suspensão da peça ao Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária).

Foi o suficiente para a ministra ser ridicularizada. As críticas quando não foram politizadas quiseram desbancá-las com argumentos inconsistentes como chamando-a de feia e com pouco humor. Quanto a questão de tratar do óbvio, sobre o tratamento dado a mulher como objeto ficou à margem das argumentações.

Rafinha Bastos, humorista da TV Bandeirantes, disse mais uma de suas piadas grotescas e se deu mal. Contudo, muitas mensagens nas redes sociais davam conta que Bastos foi punido, apenas,  por ter “brincado” com uma artista rica e influente.

O ponto é que a propaganda da modelo erra ao ensinar que a mulher deve se comportar como objeto e Rafinha Bastos bem mereceu entrar na “geladeira”.

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Vanderlúcio Souza

Padre da Arquidiocese de Fortaleza. À busca de colaborar com a Verdade.

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